segunda-feira, 30 de julho de 2018



SEQUÊNCIA DIDÁTICA: VIVIANA A RAINHA DO PIJAMA


2º Parte

ATIVIDADES


EIXOS: ORALIDADE/LEITURA/ESCRITA/ ANÁLISE LINGUÍSTICA.

Iniciar o trabalho com o gênero textual CONVITE.

Pedir que os alunos tragam de casa, convites variados, para montarmos um painel na sala.

CONVITES DE ANIVERSÁRIOS   
CONVITES DE CASAMENTO         
CONVITES DE OUTRAS FESTAS             

A partir dai  trabalhar o CONVITE e as suas partes:                                

Vocativo         
Convidado
Motivo do convite       
Quem convidou.       

Distribuir alguns convites faltando alguns elementos textuais para serem completados com os elementos que faltam.           

PRODUÇÃO DE TEXTO:    
Confeccionar um convite convidando um amigo para irem ao cinema do Shopping assistir MEU MALVADO FAVORITO 2 no sábado as 14:00 horas.
          

PRODUÇÃO INDIVIDUAL – CONFECÇÃO DE UM CONVITE PARA UMA FESTA DE ANIVERSÁRIO.     

Após esse inicio, partimos para a história da VIVIANA A RAINHA DO PIJAMA, pois já havíamos elencado todos os passos das características textuais – Textos epistolares – Convites.         

EIXO ORALIDADE:   
ANTECIPAÇÃO DA LEITURA: Na roda da conversa perguntar aos alunos:
Quem gosta de ouvir histórias?         
E de ler histórias?       
Qual o último livro lido?        
Em seguida lançar uma adivinha:     

O QUE É O QUE É?             
UMA PEÇA DE ROUPA, COM 6 LETRAS, SENDO 3 CONSOANTES E TRÊS VOGAIS QUE SE LIDA   DE TRÁS PARA FRENTE É AMAJIP E SE USA À NOITE?

R: PIJAMA     

Em seguida mostrar a personagem da história e perguntar quem conhece essa história e quem é essa personagem             

A partir dai instigar as crianças para que: Comentem o nome da personagem.
O que eles acham que esta história conta?  
Porque a menina esta vestindo um pijama?            
Ainda escondendo o nome da história mostrar a capa do livro onde esta escrito:

“ELA TEM O PIJAMA MAIS FANTÁSTICO QUE JÁ SE VIU...”


Perguntar:
É ESSE O TÍTULO DA HISTÓRIA?           
 QUEM É O AUTOR?
SE VOCÊ FOSSE O AUTOR DESTE LIVRO, QUE TÍTULO DARIA A ELE?    
Depois desses questionamentos mostrar a capa e a contracapa chamando atenção ao titulo do livro, o nome do autor    

Conversar sobre as informações que aparecem na capa e na contracapa.
Listar essas informações no Flip-Chart.             
Chamar a atenção para as imagens dos animais?
O que será que elas querem dizer?
E este envelope?
O que será que ele quer dizer?
Será que faz parte do livro?

Chamar a atenção também para o nome do autor do Livro
– Será que ele é brasileiro? Alguém já ouviu falar dele?
– Ler para eles resumidamente a biografia do autor e dizer que ele também tem outras obras escritas para criança.

Falar também sobre o tradutor, já que a obra original foi escrita em inglês.
Depois de tanto suspense, ler a historia para as crianças, dando ênfase as cartas que Viviana escreveu e as respostas que ela recebeu.     
Após a leitura fazer a Interpretação:             
O que a Viviana decidiu fazer?         
Para ir a festa que a Viviana queria dar que roupa o convidado precisará estar usando?
Você já foi a alguma festa do Pijama.
O que acha disso? Justifique.
Quem ela convidou para a festa?
E você quem convidaria?
Os convidados de Viviana moravam perto da casa dela?
Como ela fez para convidá-los?
Para que os convites chegassem aos destinatários o que Viviana precisou fazer?
Viviana mora em um país chamado Inglaterra, que fica muito longe, na Europa.
Que meios de transporte usaríamos para chegar lá?    

Em seguida trabalhar a localização dos animais no Mapa mundi, de acordo com a localização  dos endereços escritos nas cartas enviadas pela Viviana.


Sequência didática : 1º parte


SEQUÊNCIA DIDÁTICA: VIVIANA A RAINHA DO PIJAMA


1º Parte: Objetivos

Português
- Contar a história por antecipação , com entonação e indagando as informações que poderão estar na continuação da história;
-Explorar a capa indagando a história pelo título , identificar autor , editora, título e ilustrador;
-Assunto do texto;
-Interpretação do texto;
-Ordem alfabética ( usando os nomes dos bichos);
-Gênero do substantivo ( nomes dos bichos e seus pares );
-Ortografia- som nasal representado pelas letras M, N e o ~ ( explorando os nomes dos bichos);
-Uso das letras G/J e U/L  para representar o mesmo som Identificando essas características nos nomes dos bichos.A seguir fazer a síntese com outras palavras e atividades variadas;
-Explorar os convites do texto , dando destaque os endereços( envelope ) e identificar as partes que compõem um convite;
-Produzir outros convites para outros animais que também poderiam ter ido a festa do pijama;
-Rimas, nº de sílabas, sons iniciais e mediais através de pequenos trechos do texto.

Matemática

-Pesquisa com a turma sobre as festas regionais de sua cidade e que conhecem. Anotar o nome das festas e das preferências de cada aluno ;
-Montar gráficos e tabelas com atividades de interpretação explorando a adição, subtração e multiplicação;
- Situações-problemas com dados da pesquisa;
-Calendário -datas festivas, feriados, dias  de aula, nº de dias no mês
-Números ordinais ( ordem dos animais que aparecem na historia ).

Ciências

-Habitat dos animais;
-classificação dos animais;
Ficha técnica dos animais ;
-Pesquisa para preencher a ficha técnica no laboratório de informatica ou biblioteca;
-Montar paineis com o resultado da pesquisa ;
-Montar a cadeia alimentar dos bichos da ficha.

História/ geografia


-Identificar no mapa mundi a localização dos lugares onde vive cada animal da história.


 

quarta-feira, 25 de julho de 2018


Como é essa escola?
 Reflexões sobre o fazer pedagógico na escola a partir de suposições explicitadas em cenas do cotidiano escolar.

Fomos colocadas na interdisciplinar de Seminário diante de situações problemas as quais necessitávamos olhar, como em forma de uma cena recorrente de uma escola algumas situações.
Em um primeiro momento a primeira impressão do trabalho se deu com as ações dos professores nestas cenas o que de certa forma me fez pensar sobre o lugar que eu ocupo enquanto professora e o quanto alguns recortes que fazemos ou que fazem de nós mesmos revelam muito das nossas crenças e linhas pedagógicas assumidas ao longo dos anos.
Antes de falar sobre os relatos propostos penso ser pertinente pensar o quanto muitos de nós ainda estamos vivenciando experiências da idade média, época em que se inicia a proposta de institucionalizar a educação.
O texto Maquinaria escolar nos traz uma ideia muito rica do que se entendia sobre educação e para quem esta se destinava.
A escola primária enquanto forma de socialização privilegiada era o lugar de passagem de crianças a partir do século XVI, época esta em que a visão de infância se modifica, visto o que inúmeros artistas registram em seus quadros, retratando as crianças sob outra perspectiva.
Este movimento inicia na Igreja que percebe a necessidade de perpetuar os ensinos bíblicos e das regras morais cristãs sendo que nada melhor, do que começar na mais tenra idade, época em que segundo eles, estariam estas crianças mais flexíveis e dóceis ao ensino.
As crianças são separadas do convívio dos adultos no que diz respeito ao momento do ensino e colocadas em “clausuras” para que a escolarização possa acontecer, sob a tutela de um corpo de especialistas que inicialmente utilizavam doutrinas drásticas de dominação dos corpos para que a aprendizagem do corpo facilitasse a capacidade de compreensão dos valores e princípios ensinados.
Aos poucos métodos mais humanistas passam a dar lugar às intervenções mais drásticas também iniciando a organização dos tempos de estudos e programas de estudos.
Partindo deste primeiro relato podemos perceber que vivemos na pós-modernidade com ares de idade média uma vez que encontramos ideias medievais ainda hoje. Neste confronto de metodologias e modelos pedagógicos, penso que estamos por vezes nos esquecendo de que nossa profissão de professores requer uma busca incessante de modelos e ações que tenham como maiores beneficiários os alunos e o fruto das interações que são desenvolvidas.
A cena proposta na interdisciplina me remeteu a minha escola e o quanto são necessárias ações de avaliação das próprias ações pedagógicas. Na minha escola da vida real, em uma reunião de professores fui convidada a falar sobre a minha prática, e a forma como conduzi o projeto de pesquisa apresentado na feira de ciências do ano anterior.
Minha escola é bastante inovadora na cidade, em muitos aspectos e como diz seu PPP, caminha em busca de ações interacionistas e visando o desenvolvimento coletivo de modo democrático em que os alunos sejam os protagonistas havendo uma parceria com os professores, seus mediadores. Porém na prática (mesmo acreditando que teoria e prática não devam se separar), observava que em meio a essa proposta inovadora da escola existiam muitos colegas que tem outras metodologias e visões diferentes do que se sonha como escola. Durante o meu relato alguns professores se posicionavam sobre o quão difícil seria fazer um trabalho numa linha mais interacionista deixando que o aluno fosse o protagonista de sua própria aprendizagem.
Minha escola está inserida em uma linha da pedagogia libertária que visa à transformação da personalidade do aluno e de seus pares nos mais variados níveis escolares.
Segundo Paulo Freire, a partir do diálogo enfatiza-se a reflexão, a investigação crítica, a análise, a interpretação e a reorganização do conhecimento. Assim como vi na minha escola quanto nos fatos propostos para este trabalho, o professor tem um papel político decisivo para fazer ou não que as propostas ideias pensadas para a escola do nosso tempo possam romper com as ideias iniciais que se tinha para escola em meados dos séculos XVI e XVII.
Tanto na reunião desta escola fictícia quanto durante a apresentação da minha prática em minha escola, percebemos personagens que nos chamam a atenção:
Professora Orquídea e Professor Cravo e Diretor Antúrio com a visão de que o ensino depende dos seus esforços e que para um tipo de clientela o seu plano seria mais bem desenvolvido de acordo com o nível social dos seus alunos. Este modelo pedagógico mais diretivo e permeado a epistemologia empírica, crê que o aluno é uma tábula rasa e que o professor é o único detentor do saber. O aluno assim neste contexto só aprenderá se o professor lhe ensinar.
Na fala da professora Rosa, observamos um modelo pedagógico não diretivo e apriorista em que o aluno traz o saber e o professor intervém o mínimo possível (laissez-faire) O professor acredita que o aluno aprende por si mesmo.
Numa pedagogia relacional/construtivista, a aprendizagem decorre da interação dos pares assim como procura praticar a Professora Rosa que discute os assuntos com os seus alunos, interagem com eles e deixa que deem vasão a sua criatividade oportunizando espaço para desenvolvimento do protagonismo.
Com estes exemplos da vida real e da ficção podemos avaliar que a escola é um espaço do aprender e isso diz respeito a todos começando pelos professores que a partir de suas reflexões podem atender as necessidades de seus educandos de modo mais atual, moderno, crítico e sendo assim agentes de transformação do nosso tempo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

VARELA, Júlia et al. A maquiaria escolar. Teoria e Educação, São Paulo, n.6, p. 68-96, 1992.
TOSTO, Rosanei. Escolas democráticas Utopia ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318.
MACEDO, Lino de. O construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993(18).

BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade, Porto Alegre, p. 89-96