quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Curso de Extensão AEE ( DI )




REFLEXÕES SOBRE A OBSERVAÇÃO EM UMA ESCOLA ESTADUAL SOBRE O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) foi estabelecido pela Política Nacional de Educação Especial na perspectiva inclusiva, em 2008. Visa ao atendimento dos alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades.
De acordo com Aranha (2015, p.1), o AEE define-se como:

Conjunto de atividades e recurso de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente para atender exclusivamente alunos com algum tipo de necessidade especial, no contraturno escolar. Pode ser realizado em salas de recursos especiais na escola regular ou em instituições especializadas.

Neste relato de observação apresenta-se a Escola Estadual Olaria Daudt, localizada na cidade de Sapucaia do Sul, onde foi realizada as visitas para observar o trabalho do AEE. Em relação à localização, o bairro da escola é em uma zona periférica da cidade, com nível socioeconômico baixo.
Quanto ao espaço físico, a sala de recursos do AEE é pequena, em um espaço (divisão) dentro da biblioteca da escola. Não há monitores de inclusão, pois nem todos os alunos possuem laudo médico.
Tratando-se da profissional que faz o atendimento, observa-se que há busca pela formação permanente a fim de atender a todos os alunos da melhor forma possível. Eis sua formação: Gestão em supervisão em Pedagogia – UNISINOS; Pós em neuropsicopedagogia – Educinter; Pós em Arte- São Luís.

Apresentação das observações na escola

No primeiro dia- visitei a sala de recursos para conhecê-la e compreender a dinâmica desenvolvida pela professora. Ela acompanha alunos com laudo médico e aqueles que estão em avaliação, no total são 12 alunos.
Tratando-se da estrutura, observei os seguintes problemas:
     -Não há rampas de acesso no entorno da escola;
     -Não há professores para auxiliar os professores;
     -A sala do AEE é dentro da biblioteca.
Quanto à acessibilidade, pode-se dizer que a escola não se apresenta adequada as necessidades dos seus alunos com deficiência, necessitando a colocação de rampas no entorno que permitam que os alunos se locomovam com mais facilidade. Segundo Moraes (200&) “a acessibilidade é vista como um meio de possibilitar a participação das pessoas nas atividades cotidianas que ocorrem no espaço construído, com segurança, autonomia e conforto”.
Sobre os encaminhamentos, quem os faz são os professores titulares. Eles preenchem uma ficha relatando as habilidades e dificuldades dos alunos. Após o recebimento das fichas, o professor do AEE inicia a avaliação e a anaminesi.
Em minhas atividades como observadora, conheci um aluno de 16 anos, está no 9º ano do ensino fundamental. Ele apresenta deficiência intelectual grave. A situação familiar é bastante precária. Entretanto, ela muito participativa e contribui com a escola no que se refere acompanhamento do aluno. Mantém o diálogo constante com os professores titulares a fim de conseguir que todos se adaptem as atividades.
A profissional da escola mantém diálogo constante com a família e busca parcerias com outros profissionais, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros. Dessa forma, busca ampliar as possibilidade de aprendizagem por parte do aluno que está sendo acompanhado pelo AEE.
Portanto, nesses dias de observação nessa instituição, percebi que há um esforço constante para atender os alunos com deficiência, apesar das dificuldades em relação à estrutura da escola, há o engajamento da profissional responsável pelo atendimento e o apoio da família, o que contribui para o desenvolvimento do aluno em detrimento aos percalços encontrados pelo caminho.

Referências Bibliográficas

ARANHA, Sônia. O que é atendimento educacional especializado (AEE)?. Disponível em: https://www.soniaranha.com.br/o-que-e-atendimento-educacional-especializado-aee/
MORAES, M. C. Acessibilidade no Brasil: Análise da NBR 9050. 175f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Florianópolis, 2007.

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