quarta-feira, 26 de junho de 2019

Aplicando os conteúdos da Interdisciplina de Matemática


Plano De Aula - Tangram

Atividades para turma de 5° Ano
Construção

 O Tangram pode ser construído com  diversos materiais, mas utilizaremos o papel cartaz, então o professor pedirá  que os alunos levem para a próxima aula:

*Papel cartaz
*Régua
*Lápis preto
*Borracha

1)Passo a passo de como funciona a construção do Tangram:

1º passo: Recorte o EVA ou o papel cartaz em forma de um quadrado:


2º Passo: Trace um segmento de reta que vai do vértice b ao vértice h, dividindo o quadrado em dois triângulos iguais.

3º Passo: Para encontrar o ponto médio do segmento de reta BH, pegue o vértice A e dobre até o segmento BH o ponto de encontro do vértice A e do segmento BH será o ponto médio de BH.

 Agora trace um segmento de reta que vai do vértice A ao ponto D, formando três triângulos.

4º passo: Dobre o vértice J até o ponto D assim formando dois pontos, um no segmento BJ e outro no segmento HJ. Agora trace um segmento de reta do ponto E ao ponto I.

5º Passo: Trace uma reta perpendicular do ponto D ao segmento EI.

6º Passo: Trace dois segmentos de reta paralelos ao segmento DG e outro ao lado AH.

Assim, dizemos que um Tangram possui dois triângulos grandes, três triângulos menores, um paralelogramo e um quadrado. 


Recorte todas essas figuras geométricas e terá as sete peças do Tangram.

 2)Após a construção do Tangram com a turma, questionarei sobre o que eles acham que são as peças formadas.

3)Levarei os alunos até a Sala digital para pesquisar sobre o jogo (origem, peças, utilização, etc.).

4)Em seguida, os alunos compartilharão com a turma as suas descobertas, registrando no quadro os itens com a dinâmica Explosão de ideias” ( registro no caderno)

5)Os alunos terão um tempo pré-estabelecido para brincarem com o jogo livremente. Questionarei os mesmos, sobre o nome das figuras que juntas formam o Tangram.

6)Na Sala Digital laboratório os alunos entrarão no site: Jogar Tangram Online. (http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_291_g_4_t_3.html).
Darei  um tempo para que eles se familiarizem com o programa. Passarei algumas instruções, de como eles poderão girar as formas colocando o mouse nos cantos das figuras onde aparecerá um ponto no qual, segurando com o mouse, pode-se girar a forma. Para rotacionar a forma devem selecioná-la e clicar no primeiro botão do lado direito . Além disso, eles poderão colorir as formas como quiserem, para isso, basta selecionar uma forma e a cor desejada no menu do lado direito.
Após conhecerem o programa, pedirei para que eles identifiquem as formas geométricas nomeando-as verbalmente. A seguir pedirei para que as agrupe de acordo com as mesmas características. Provavelmente eles irão fazer dois grupos um de triângulos e outro de quadrilátero, ou três um com triângulos, um com o quadrado e outro com o paralelogramo. Questionarei quais os critérios utilizados para a classificação. No caso dos dois grupos, é bem provável que a classificação tenha sido pelo número de lados. Já se fizeram três grupos eles podem ter usado os nomes, triângulos, quadrado e paralelogramo, para classificar. Se as duas classificações aparecerem, perguntarei se existe alguma semelhança e/ou diferença nas classificações e qual delas seria a mais adequada para usar na classificação das figuras geométricas usando a nomenclatura pelo número de lados (triângulo e quadrilátero).
Eles deverão compreender que o paralelogramo é um quadrilátero assim como o quadrado. Aproveitarei esse momento para mostrar as características dos triângulos e dos quadriláteros. A seguir colocarei os seguintes problemas:
#“Com quais peças podemos cobrir o quadrado?”
# “Com quais peças podemos cobrir o triângulo maior?”
# “E o paralelogramo?”
 # “Usando apenas o triângulo menor, quantos são necessários para cobrir o quadrado, o triângulo médio, o triângulo maior e o paralelogramo?”
Desafiarei -os a montar o quadrado inicial da história que pesquisaram, para isso, eles poderão usar um modelo que se encontra no menu no inferior da página. Depois deixe que selecionem algumas figuras modelos que são dadas no programa e tentem completá-la com as peças do Tangram.

7)Na sala de aula, pedirei que montem um quadrado, utilizando as peças embaralhadas do Tangram.

8)Em grupo os alunos montaram figuras com as peças, em seguida deverão montar um texto utilizando as figuras formadas. Ou seja, os alunos criam um pequeno texto e algumas palavras do mesmo sãosubstituídas por figuras montadas por eles com o tangram: 


Proponha a produção de uma história coletiva com figuras montadas com as peças do Tangram. 
Na produção dessa história, as crianças devem pensar nos personagens, o lugar onde acontecem as situações, as ações dos personagens. Lembre as crianças que a história deve ter uma sequência lógica. As crianças sugerem ações que se passam no início da história, os conflitos enfrentados pelos personagens e a solução final, ou seja, como termina a história. Veja o exemplo de uma atividade:

Referências
https://pedagogiaaopedaletra.com/tangram/, visita no dia 26/06/2019.

















Alfabetizar letrando

       Porque alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los ,ao mesmo tempo que é importante também aproxima-los: a distinção se faz necessária por que a introdução, o campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária por que não  só o processo de alfabetização, embora distinto e especifico, altera-se e reconfigura se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele. (SOARES, 2003, p.90 apud COLELLO, 2004).

        O processo de letramento inicia-se quando a criança nasce em uma sociedade grafo Centrica, começando a letrar – se a partir do momento em que convive com pessoas que fazem uso da língua escrita, e que vive em ambiente rodeado de material escrito. Assim ela vai conhecendo e reconhecendo práticas da leitura e da escrita. Já o processo da alfabetização inicia-se quando a criança chega à escola.  Cabe à educação formal orientar esse processo metodicamente, mas, segundo Peixoto

(et al, 2004), não basta apenas o saber ler e escrever, necessário é saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz, pois: enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de uma sociedade. (TFOUNI, 1995, p. 20 apud COLELLO, 2004)

     Depois que iniciaram-se os estudos do letramento, o conceito de alfabetização foi reduzido à mera decodificação, ao simples ensinar a ler e escrever. Não devemos desmerecer a árdua tarefa, a importância de ensinar a ler e a escrever, pois a aquisição do sistema alfabético se faz necessária para o indivíduo entrar no mundo da leitura e da escrita.

            Na realidade, alfabetização e letramento, esses dois processos, caminham juntos, ou melhor o processo de letramento, como vimos, antecede a alfabetização, permeia todo o processo de alfabetização e continua a existir quando já estamos alfabetizados. Segundo Soares (2000) deve-se alfabetizar letrando: Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita: substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos.








Esclarecendo: O que é letramento?

    Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive. (SOARES, 2000). Portanto, letramento é obter informações através de leituras de diferentes gêneros textuais, buscando da informação, buscar a leitura para seguir certas instruções, usar a escrita para se orientar no mundo, descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita. Por fim,   letramento é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.

   O indivíduo torna-se usuário da leitura e da escrita na vida social. Neste sentido, letrado é alguém que se apropriou suficientemente da escrita e da leitura a ponto de usá-las com desenvoltura, com propriedade, para dar conta das situações sociais e profissionais.

            Como as sociedades no mundo todo, tornam-se cada vez mais centradas na escrita, e com o Brasil não poderia ser diferente. E como ser alfabetizado, ou seja, saber ler e escrever, é insuficiente para viver plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade atual, é preciso letrar - se, ou seja, tornar-se um indivíduo que não só saiba ler e escrever, mas exercer as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive ( SOARES, 2000).          

        Ao realizar atividades que os alunos manipulam rótulos e alguns textos diversificados, conseguimos perceber realmente a diferença do aluno letrado para o aluno alfabetizado. O aluno letrado leva em consideração atributos além da codificação e decodificação dos símbolos do sistema de escrita, considera desenhos, formatos e significados oriundos da vida social na qual esses itens estão inseridos.


          Letramento






Uma reflexão sobre a Alfabetização e o Letramento


Todos sabemos que uma das maiores riquezas de um país é a Educação de seu povo e uma boa educação (formal) inicia –se na escola quando a criança começa seus estudos nos anos iniciais, início da sua alfabetização e muitas vezes do letramento. Porém, em algumas escolas o processo de alfabetização letramento vem apresentando resultados negativos, uma grande defasagem de ensino, prejudicando os alunos que acabam por saírem do ensino fundamental I prejudicados consideravelmente.

A realidade, ela nos mostra que muitas escolas brasileiras, acabam por formar alunos que mal sabem ler e escrever, não conseguem muitas vezes ler, escrever e interpretar pequenos textos. Demonstram despreparo ao terem que lidar com a escrita e a leitura.

Cabe a nós professores, refletirmos sobre essa situação inaceitável, procurando realizar em nossas turmas de alfabetização e letramento, ações eficazes que proporcionam uma aprendizagem significativa, partindo sempre dos interesses dos nossos alunos, levando em consideração seus conhecimentos adquiridos até essa etapa, que é o início da educação formal, fase importantíssima, que será a base de todo processo de desenvolvimento educacional deste aluno.

Sabemos Todos, que muito da culpa da situação que vivemos hoje recaí sobre o Sistema, esse que não valoriza e nem dá a devida importância a educação de seu povo, mas fizemos nós a nossa parte, à espera de que eles acordem e façam a sua em tempo.

     Tenhamos consciência que um aluno alfabetizado e letrado de forma crítica ultrapassará limites e alcançará o inacreditável, mudando assim o inaceitável.

segunda-feira, 24 de junho de 2019


Os Parâmetros Curriculares:  Alfabetização X Ludicidade




    Pensando a partir do marco regulatório legal que é Os Parâmetros Curriculares, destaco “ que para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita representa e como ela representa graficamente a linguagem ” (BRASIL, 1997, p. 82). Entendemos a partir disto, que se faz necessário proporcionar aos alunos momentos em que eles possam refletir sobre a escrita, levantando hipóteses e apropriando-se dos códigos.

         Os parâmetros curriculares também nos alertam para importância do ato de o aluno tentar ler, mesmo que essa habilidade ainda não esteja concreta, pois tentando o mesmo dispõem da possibilidade de conseguir. É necessário que os alunos manuseiem diversos materiais que expressem de diferentes formas algo ao leitor, permitindo que o mesmo interprete essas informações sendo elas desenhos, textos, canções, rótulos, etc. Tudo que faz parte do cotidiano do aluno, o ajudara na codificação do sistema de escrita.

                  Compreendi através das leituras realizadas que devemos respeitar o tempo de aprendiz agem de cada criança, bem como a relação da educação com o ato de brincar, considerando nesta caminhada o desenvolvimento contínuo dos alunos no processo de alfabetização. Pois o espaço do brincar é fundamental nessa etapa e deve estar presente na sala de aula, bem como no planejamento dos professores. Favorecendo assim, a apropriação da leitura e da escrita, que acontecerá em um ambiente rodeado pela motivação e entusiasmo, que os alunos demonstraram ao participarem de cada situação de aprendizagem proporcionada.

          Tratando especificamente da minha turma de primeiro ano do ensino fundamental I, posso destacar que os alunos ao brincarem com jogos de montar, memória, quebra – cabeça, desenhar, desperta nos mesmos momentos satisfatórios de desafios e competitividade. Levando em consideração esses aspectos positivos o professor pode aliar seus objetivos pedagógicos aos interesses dos alunos por meio das brincadeiras e jogos, utilizando os diariamente, proporcionando um ambiente agradável na sala de aula, de modo que o lúdico esteja alinhado com o processo de alfabetização e letramento, resultando em uma aprendizagem significativa.

                 Desta forma, constatei que proporcionar aos alunos diversas situações que envolvam a escrita e a leitura de forma dinâmica e diferenciada por meio dos jogos e brincadeiras alavanca a aprendizagem dos alunos consideravelmente, de forma prazerosa e motivada.

domingo, 23 de junho de 2019




Sociedade Letrada/ Sujeito Letrado

 Letrado poderia ser, então, o sujeito – criança ou adulto- que, independentemente de (já) ter ido à escola e de ter aprendido a ler e escrever ( ter sido alfabetizado?), usasse ou compreendesse certas estratégias próprias de uma cultura letrada. ( KLEIMAN, 1995, p. 19, apud MELLO; RIBEIRO, 2004, p.26).

Para um sujeito ser considerado letrado não é necessário que tenha frequentado a escola ou que saiba ler e escrever, basta que o mesmo exercite a leitura de mundo  no cotidiano, sendo um cidadão participe de sua comunidade, atuando em associações, clubes, instituições, igreja, entre outros. Quem é letrado “[...]utiliza a escrita para escrever uma carta através de um outro indivíduo alfabetizado, um escriba, mas é necessário enfatizar que é o próprio analfabeto eu dita o seu texto, logo ele lança mão de todos os recursos necessários da língua para se comunicar[...](SOARES, 2003, p.43 apud PEIXOTO et al, 2004).

O sujeito analfabeto não compreende a decodificação dos signos, mas possui um determinado grau de letramento pela prática de vida que tem em uma sociedade grafo Centrica, ele é letrado, porém não com plenitude. Uma criança que mesmo antes de estar em contato com a escolarização, e que não sabia ainda ler e escrever, porém, tem contato  com livros, revistas, ouve histórias lidas por pessoas alfabetizadas, presencia a prática de leitura, ou da escrita, e a partir daí também se interessa por ler, mesmo que seja só encenação, criando seus próprios textos “lidos”, ela também pode ser considerada letrada. (SOARES, 2003, p.43 apud PEIXOTO et al, 2004).

Como Soares nos relata, este é um outro grau de letramento, e há ainda aquele indivíduo que, mesmo tendo escolarização ou sendo alfabetizado, possui um grau de letramento muito baixo, ou seja, é capaz de ler e escrever, mas tem dificuldades ao fazer o uso adequado da leitura e da escrita, não possuindo habilidade para essas práticas, não sendo capaz de compreender e interpretar o que se lê assim como não consegue escrever cartas ou bilhetes. Por este indivíduo ser alfabetizado, mas não dominar as práticas sociais da leitura e da escrita, considera-se um sujeito iletrado. No entanto, em uma sociedade grafo Centrica, acredita-se que não há sujeito com grau “zero de letramento”, ou seja, sujeito iletrado, pois os tipos e os níveis de letramento estão ligados às necessidades e exigências de uma sociedade e de cada indivíduo no seu meio social.

sexta-feira, 21 de junho de 2019



O Papel do educador no letramento

O educador que se dispõe a exercer o papel de "professor-letrador" considera que: [...] o ato de educar não é uma doação de conhecimento do professor aos educandos, nem transmissão de ideias, mesmo que estas sejam consideradas muito boas. Ao contrário, é uma contribuição "no processo de humanização". Processo este de fundamental papel no exercício de educador que acredita na construção de saberes e de conhecimentos para o desenvolvimento humano, e que para isso se torna um instrumento de cooperação para o crescimento dos seus educandos, levando-os a criar seus próprios conceitos e conhecimento. (FREIRE, 1990 apud PEIXOTO et al, 2004).

Mas se faz necessário que o educador, principalmente o que já se encontra há anos exercendo o papel de professor-alfabetizador e que confia plenamente na mera aquisição de decodificação, aceite romper paradigmas e acreditar que as transformações que ocorrem na sociedade contemporânea atingem todos os setores, assim como também a escola e os saberes do educador, pois métodos que aprenderam há décadas podem e devem ser aprimorados, atualizados ou até mesmo modificados. O conhecimento não pode manter-se estagnado, pois ele nunca se completa ou se finda.

Então, antes de o professor querer exercer esse papel de "professor-letrador" é necessário que ele se conscientize e busque ser letrado, domine a produção escrita, as ferramentas de busca de informação e seja um bom leitor e um bom produtor de textos. Mas para que se torne capaz de letrar seus alunos, é preciso que conheça o processo de letramento e que reconheça suas características e peculiaridades. E Soares (2000) pensa que: Os cursos de formação de professores, em qualquer área de conhecimento, deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto naquela área, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos naquela área.

Percebemos que a ineficácia na formação dos professores reflete na formação de um sujeito que seja um bom leitor e produtor de textos. Atualmente, temos recursos a que o próprio educador pode recorrer para aprimorar seu conhecimento. Mas ainda não são todos os que têm essa coragem de reconhecer que precisa aprender e aprender sempre. O professor, hoje em dia, tem a oportunidade de estudar os Parâmetros Curriculares Nacionais e cito aqui, em especial, o de Língua Portuguesa que traz, em linguagem simples, o ensino da língua de forma contextualizada para auxiliá-lo em sua prática em sala de aula e em seu planejamento.