sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire e minhas didáticas de ensino


O que é autonomia, na perspectiva de Paulo Freire?

No livro Pedagogia da Autonomia, Freire nos passa que, formar um aluno, é muito mais que treinar e depositar conhecimentos. Enfatiza que não se trata de um ato de transmissão de conhecimentos, mas sim, de criação de oportunidades para a construção dos saberes, representando um processo de formação, na qual o educando se torna sujeito de seu conhecimento. Porém, todos os envolvidos neste processo, passam por aprendizagens.
Para formar um indivíduo, necessitamos de ética e coerência, as quais precisam estar vivas e presentes em nossa prática educativa, fazendo parte de nossa responsabilidade como mediadores pedagógicos.
Ele afirma que o homem não nasce homem, ele vira homem a partir da formação. 
Por isso, para ele, educação é formação. 
Nos chama atenção que, formar um ser humano é muito mais que formá-lo em suas destrezas!
Repensando nossas práticas e a importância que damos à ética, Freire argumenta sobre o quanto isso é importante para estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade em que estão inseridos, perceberem-se ativos em seu processo de construção de aprendizagens, acumulando e interligando conhecimentos aqueles que já possuem de seu saber diário, alcançando níveis mais elevados de conhecimentos. 
O aluno que é sujeito da sua própria história, vê-se capaz de  criar, reinventar, agir e modificar criticamente as situações pelas quais passará ao longo da sua vida em sociedade, formando uma consciência crítica para enfrentar barreiras em sua trajetória.
Freire relata que nós, professores, devemos sempre dispor de esperança e de otimismo, que são  necessários para que haja  mudanças na educação e da necessidade de nunca se acomodar, pois "somos seres condicionados, mas não determinados".

Que ações me proponho a realizar, de forma que isso venha a acontecer em minha sala de aula, em minha escola?

Em minha prática pedagógica, costuma trabalhar com projetos interdisciplinares do interesse da turma. Uma vez escolhido, procuro averiguar primeiramente qual o conhecimento prévio dos meus alunos sobre determinado assunto e o que eles pretendem aprender com a escolha deste tema.
A seguir realizamos pesquisas e muitas outras atividades que nos possibilitam descobertas, trocas de saberes, inquietações, trabalhos em grupo, etc. 
Como sou professora "alfabetizadora" encontro facilidade em trabalhar com projetos, interligando dentro do mesmo, as diferentes áreas do conhecimento, a fim de desenvolver com alunos suas habilidades e competências de forma globalizada.
 Um ponto forte das minhas aulas são atividades que envolvem o lúdico e a corporeidade do aluno. Acredito que todo aprendizado construído a partir do corpo,em que o aluno percebe-se parte ativa é necessário e fundamentalmente importante nesta trajetória, pois passa a ser uma aprendizagem significativa e colaborativa quando realizada em grupo.
Entretanto, quero enfatizar que os projetos desenvolvidos com a turma não partem só de conteúdos cognitivos, mas também  de valores que considero importantíssimos para a vida em sociedade, orientando-os a questionarem-se sobre algumas posturas tomadas em situações diárias de nossa vida escolar.
    


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