O que é
autonomia, na perspectiva de Paulo Freire?
No livro Pedagogia da Autonomia, Freire nos passa que, formar um aluno, é muito mais que treinar e depositar conhecimentos. Enfatiza que não se trata de um ato de transmissão de conhecimentos, mas sim, de criação de oportunidades para a construção dos saberes, representando um processo de formação, na qual o educando se torna sujeito de seu conhecimento. Porém, todos os envolvidos neste processo, passam por aprendizagens.
Para
formar um indivíduo, necessitamos de ética e coerência, as quais precisam estar
vivas e presentes em nossa prática educativa, fazendo parte de nossa
responsabilidade como mediadores pedagógicos.
Ele
afirma que o homem não nasce homem, ele vira homem a partir da formação.
Por isso,
para ele, educação é formação.
Nos chama
atenção que, formar um ser humano é muito mais que formá-lo em suas destrezas!
Repensando
nossas práticas e a importância que damos à ética, Freire argumenta sobre o
quanto isso é importante para estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade
em que estão inseridos, perceberem-se ativos em seu processo de construção de
aprendizagens, acumulando e interligando conhecimentos aqueles que já possuem
de seu saber diário, alcançando níveis mais elevados de conhecimentos.
O aluno que é sujeito da
sua própria história, vê-se capaz de criar, reinventar, agir e modificar
criticamente as situações pelas quais passará ao longo da sua vida em
sociedade, formando uma consciência crítica para enfrentar barreiras em sua
trajetória.
Freire relata
que nós, professores, devemos sempre dispor de esperança e de otimismo,
que são necessários para que haja mudanças na educação e da necessidade
de nunca se acomodar, pois "somos seres condicionados, mas não
determinados".
Que ações
me proponho a realizar, de forma que isso venha a acontecer em minha sala de
aula, em minha escola?
Em minha prática pedagógica, costuma trabalhar com projetos interdisciplinares do interesse da turma. Uma vez escolhido, procuro averiguar primeiramente qual o conhecimento prévio dos meus alunos sobre determinado assunto e o que eles pretendem aprender com a escolha deste tema.
A seguir
realizamos pesquisas e muitas outras atividades que nos possibilitam
descobertas, trocas de saberes, inquietações, trabalhos em grupo, etc.
Como sou
professora "alfabetizadora" encontro facilidade em trabalhar com
projetos, interligando dentro do mesmo, as diferentes áreas do
conhecimento, a fim de desenvolver com alunos suas habilidades e competências
de forma globalizada.
Um
ponto forte das minhas aulas são atividades que envolvem o lúdico e a
corporeidade do aluno. Acredito que todo aprendizado construído a partir do corpo,em
que o aluno percebe-se parte ativa é necessário e fundamentalmente
importante nesta trajetória, pois passa a ser uma aprendizagem
significativa e colaborativa quando realizada em grupo.
Entretanto,
quero enfatizar que os projetos desenvolvidos com a turma não partem só de
conteúdos cognitivos, mas também de valores que considero importantíssimos
para a vida em sociedade, orientando-os a questionarem-se sobre algumas
posturas tomadas em situações diárias de nossa vida escolar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário