O brincar é
uma ação lúdica que deve fazer parte de todas as etapas da nossa vida, mas
infelizmente tem sido reservada apenas para a infância, justamente em função
dos padrões sociais. O conceito de infância vem se modificando de acordo com as
mudanças sócio- históricas e culturais do contexto em que ela esta inserida.
O brincar
propicia momentos tanto de aprendizagem para a vida tornando–se elemento
inclusivo na potência individual e coletiva deste sujeito. No momento da
brincadeira a criança também deixa transparecer características descritivas da
sua personalidade. Isso pode ajudar o professor a formular maneiras de intervir
no processo de aprendizagem destas
crianças, já que de certa forma, também somos responsáveis
pelo desenvolvimento moral desse indivíduo.
Acredito
que ao estimular e garantir o direito de brincar à criança, estamos
contribuindo expressivamente para que ela se desenvolva de modo integral,
estimulando-lhe a criatividade, alé dos benefícios físicos, como o
desenvolvimento de suas habilidades motoras e expressões corporais.
Brincando,
as crianças reelaboram criativamente conhecimentos e sentimentos, identificando
novas possibilidades de interpretação e de representação do real.
Desta
forma, as brincadeiras estimulam o desenvolvimento cognitivo através da
realização de ações intelectuais que envolvem as habilidades perceptuais, como a atenção e a memória.
Interagindo uns com os outros, dando asas ao imaginário, simulando situações
problemas e criando hipóteses de solução, as crianças vão compreendendo as
características dinâmicas das relações sociais. Quando o professor brinca com
os seus alunos, cria laços de afinidade, aprende formas de construções diferentes
de conhecimento, conforme aponta Andrade (2008):
“ A busca por situações favorecedoras de integração
entre as crianças, sabendo da sua riqueza para o desenvolvimento humano, deve
se estender para as relações docentes, visto que o trabalho docente tem se
demonstrado tão individualizado.”
(ANDRADE, 2008, p.62)."
Todo o
processo que ocorre nas entrelinhas do “brincar”, pode ser ser um importante
facilitador auxiliar para o trabalho pedagógico. Andrade ( 2008 ), defende que: “quando o professor
inicia um trabalho com propostas lúdicas , ele também deve brincar. O lúdico é
o espaço de estar com: com as crianças e também com os adultos.”
Desta
forma, é impossível pensar o “brincar” na Escola, pensar em brincar com as
crianças sem considerar como uma oportunidade também para o professor ter tempo
e espaço para o lúdico.
REFERÊNCIAS:
Carambola: "O Brincar está na escola".
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_lQWGDV81Vs
Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto
Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa. A criança no ciclo de alfabetização.
Caderno 02. Brasília 2015.
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