A partir
das leituras realizadas percebemos como formaram-se as
primeiras ideias de instituições de educação, quais foram as mudanças
sofridas pelas mesmas ao longo da história e a importância que a infância
obteve ao longo deste processo.
Ao
iniciarmos os estudos pelo texto “Maquinaria escolar”, deparamos com a
realidade na qual a criança é vista como se fosse um adulto em miniatura,
marcada pela falta da infância, passando a ideia que “ já nascia
adulta”. Ao longo do tempo as crianças foram tendo diversos tipos de tratamento
conforme sua cultura, umas mais severas e punitivas, principalmente nos países
católicos e outras mais moderadas permitindo que a criança vivesse melhor
essa etapa.
Já o texto “(Des)
Encantos da Modernidade Pedagógica”, inicia fazendo referência às
instituições educacionais com ideais baseados no regime da República. As
escolas desta epoca terão como propósito fazer com que todos acreditem que a
formação do indivíduo é importante somente para servir o Estado, exaltando a
pátria com o seu patriotismo e espírito cívico, que servia para garantir
formalmente a igualdade política, racial, sexo, tornando a população homogênea.
Descreve detalhadamente algumas mudanças importantes sofridas pelas
organizações educacionais e problemas encontrados, indo desde uma reforma do
espírito público que exigiu um alargamento da concepção da linguagem, superando
o tradicional domínio oral e escrito das palavras, buscando a construção de um
sistema de produção de significados e interação comunicativa, construção de
prédios adequados, aluguel, estrutura e infraestrutura. No mesmo ritmo que a
urbanização aumentava a pobreza acompanhava, esse
aumento foi decisivo para concentrar as escolas primárias públicas nas áreas
urbanas privilegiadas.
As escolas passaram por longos processos históricos de mudanças
estruturais, pedagógicos e de identidades. Segundo a autora Clarice Nunes, “com
o passar do tempo tudo se modificava, as cidades mudavam, e a escola primária
revelava problemas urbanos, problemas entre o poder público e privado, e elas
(as escolas) deixavam de se configurar como extensão do campo familiar, privado
e religioso, gerando uma rede escolar desenvolvida pelos governos municipais.”
As leituras deixam claro que as instituições escolares passaram ao
longo da história por inúmeras mudanças, até chegarem nos moldes atuais.
Entretanto,
as modificações mais importantes se darão no campo do reconhecimento da infância
como etapa vivida pela criança. Além disso, outra fase importante se dá na
modernização, na procura de melhores condições físicas de instalações para
adequações das salas de aulas e dos ambientes escolares.
No século XIX em diante, ficou ainda mais evidente que vivemos em um mundo
capitalista onde a distinção entre pessoas dá-se por meio do poder
aquisitivo de cada uma delas. Isso traz reflexos à infância, inclusive em sua
formação educacional, ajudando a perpetuar essas máximas até os dias de
hoje.
Muitas vezes afirma-se que temos uma
escola modernizada, mas na realidade, ainda é uma escola capitalista com
diferenças gritantes e discriminações.
Essa realidade esta explícita na
obrigatoriedade da escola gratuita que ainda nas regiões brasileiras há
diferenças onde as comunidades estão inseridas não há um padrão comum
para a sociedade, prevalece a lei de quem pode mais.
REFERÊNCIAS:
NUNES, Clarice (Des)encantos da modernidade pedagógica.
Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1352783/mod_resource/content/1/NUNES%2C%20Clarice%20Des%20encantos.pdf.
Acessado: 07 de outubro de 2015.
VARELA,
Júlia & ALVAREZ-URIA, Fernando. A
Maquinaria Escolar. In:
Teoria e educação, 6, 1992 (p. 01 – 17), disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1350700/mod_resource/content/2/A%20Maquinaria%20Escolar.pdf , acessado em 02 de outubro de 2015.
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