sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A Maquinaria Escolar e os (Des) encantos da Modernidade Pedagógica

           A partir das leituras realizadas percebemos   como  formaram-se as primeiras  ideias de instituições de educação, quais foram as mudanças sofridas pelas mesmas ao longo da história e a importância que a infância obteve ao longo deste processo.
Ao iniciarmos os estudos pelo texto “Maquinaria escolar”, deparamos com a realidade  na qual a criança é vista como se fosse um adulto em miniatura, marcada pela falta da infância, passando a ideia que   “ já nascia adulta”. Ao longo do tempo as crianças foram tendo diversos tipos de tratamento conforme sua cultura, umas mais severas e punitivas, principalmente nos países católicos e outras mais moderadas permitindo que a criança vivesse  melhor essa etapa.
Já o texto “(Des) Encantos da Modernidade Pedagógica”, inicia  fazendo referência às instituições educacionais com ideais baseados no regime da República. As escolas desta epoca terão como propósito fazer com que todos acreditem que a formação do indivíduo é importante somente para servir o Estado, exaltando a pátria com o seu patriotismo e espírito cívico, que servia para garantir formalmente a igualdade política, racial, sexo, tornando a população homogênea. Descreve detalhadamente algumas mudanças importantes sofridas pelas organizações educacionais e problemas encontrados, indo desde uma reforma do espírito público que exigiu um alargamento da concepção da linguagem, superando o tradicional domínio oral e escrito das palavras, buscando a construção de um sistema de produção de significados e interação comunicativa, construção de prédios adequados, aluguel, estrutura e infraestrutura. No mesmo ritmo que a urbanização aumentava a pobreza acompanhava, esse aumento foi decisivo para concentrar as escolas primárias públicas nas áreas urbanas privilegiadas.
As  escolas passaram por longos processos históricos de mudanças estruturais, pedagógicos e de identidades. Segundo a autora Clarice Nunes, “com o passar do tempo tudo se modificava, as cidades mudavam, e a escola primária revelava problemas urbanos, problemas entre o poder público e privado, e elas (as escolas) deixavam de se configurar como extensão do campo familiar, privado e religioso, gerando uma rede escolar desenvolvida pelos governos municipais.”
As leituras deixam claro que as instituições escolares passaram ao longo da história por inúmeras mudanças, até chegarem nos moldes atuais.
Entretanto, as modificações mais importantes se darão no campo do reconhecimento da infância como etapa vivida pela criança. Além disso, outra fase importante se dá na modernização, na procura de melhores condições físicas de instalações para adequações das salas de aulas e dos ambientes escolares.
          No século XIX em diante, ficou ainda mais evidente que vivemos em um mundo capitalista onde a distinção  entre  pessoas dá-se por meio do poder aquisitivo de cada uma delas. Isso traz reflexos à infância, inclusive em sua formação educacional,  ajudando a perpetuar essas máximas até os dias de hoje.           
           Muitas vezes  afirma-se que temos uma escola modernizada, mas na realidade, ainda é uma escola capitalista com diferenças gritantes e discriminações.            
           Essa realidade  esta explícita  na obrigatoriedade da escola gratuita que ainda  nas regiões brasileiras há diferenças onde  as comunidades estão inseridas não há um padrão comum para  a sociedade, prevalece a lei de quem pode mais.




                 REFERÊNCIAS:


VARELA, Júlia & ALVAREZ-URIA, Fernando. A Maquinaria Escolar. In: Teoria e educação, 6, 1992 (p. 01 – 17), disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1350700/mod_resource/content/2/A%20Maquinaria%20Escolar.pdf , acessado em 02 de outubro de 2015.

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