sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Sugestão de atividades para desenvolver noção de tempo e espaço

Tic, tac... Passa tempo... Tic, tac... Passa hora!

Presente, passado e futuro. Uma boa maneira para trabalhar o conceito de tempo com os pequenos.


Objetivos:
*Trabalhar as diferenças entre passado , presente e futuro.
*Entender conceitos de temporalidade.
*Estabelecer rotina.

Para os adultos, noção de passado, presente e futuro pode parecer fácil, mas esses conceitos abstratos são um desafio para as crianças. Então, como trabalhar esse conhecimento com alunos da Educação Infantil?
O conceito de passagem de tempo é algo difícil para as crianças pequenas entenderem e isso ocorre porque elas ainda não tiveram muitas experiências em suas vidas para poder medir corretamente o tempo. Há pessoas que dizem que, quanto mais velhos ficamos, o tempo passa mais rápido. Elas têm essa sensação, pois a quantidade de experiências que ficaram para trás é muito grande e nosso banco de memória faz com que tenhamos tal sensação naturalmente. Como a criança tem poucas experiências, não sente o tempo como um adulto. Para que as crianças aprendam os conceitos de tempo, devemos sempre frisar palavras relacionadas a ele quando estabelecemos compromissos e rotinas. Veja algumas sugestões de atividades desenvolvidas por mim:

Rotina com ícones

Estabeleça com seus alunos uma rotina e utilize ícones. Montarei os ícones em um calendário semanal, para reforçar a ideia de ontem, hoje e amanha. Mostro os ícones para os alunos no início da aula, no calendário, e interagindo para que se sintam confortáveis com as atividades e diminuam a ansiedade quanto à próxima atividade.
Relembrando sempre o que foi feito no dia anterior perguntando: Vamos ver o que fizemos ontem? Ao fim da aula da aula, mostro algum ícone de importância para que eles saibam diferenciar o amanha, como por exemplo: vejam só o que temos amanhã? (indique o ícone).
Exemplo de calendário com ícone


Nos primeiros doze meses de vida, a criança já começa a desenvolver a percepção sobre a sequência dos eventos e a duração. Essa percepção se dá por meio da rotina, da qual uma ação é seguida por outra e repete-se no dia a dia. Portanto, a atividade descrita acima pode ser realizada com alunos a partir dos 4 anos de idade.

Eu, em vários momentos da minha vida

A professora apresenta à turma um cartaz com uma cantiga popular descrita, Ela lê com a turma a letra da música e pergunta a eles como é ser nenê/ criança, mocinha/mocinho, mulher/ homem, velhinho/ velhinha.
QUANDO EU ERA NENÊ
NENÊ, NENÊ
EU ERA ASSIM 
EU ERA ASSIM 
QUANDO EU ERA CRIANÇA 
CRIANÇA, CRIANÇA 
EU ERA ASSIM 
EU ERA ASSIM 
QUANDO EU ERA MOCINHO/MOCINHA 
EU ERA ASSIM 
EU ERA ASSIM 
QUANDO EU ERA MULHER/HOMEM 
EU ERA ASSIM 
EU ERA ASSIM 
QUANDO EU ERA VELHINHO/VELHINHA 
EU ERA ASSIM 
EU ERA ASSIM


A professora canta com as crianças que deverão dramatizar a música. Por exemplo: “ Quando eu era nenê”, as crianças podem imitar um balanço de bebê no colo.
Após a professora distribui para cada aluno uma folha sulfite com a seguinte atividade para desenhar:
Quando eu era nenê.... Hoje eu sou assim... Quando eu crescer quero ser assim...
Passado Presente Futuro





Enquanto as crianças fazem ilustrações, a professora faz algumas perguntas explorando as noções de tempo: passado, presente e futuro.
A professora pede que as crianças tragam de casa  fotos  suas de cada faixa etária . Depois disso, juntos construirão um cartaz com uma linha do tempo. No cartaz deixar um espaço de 10 à 15 cm entre cada faixa etária da linha do tempo e nesses espaços devem ser coladas as fotos que os aluno trouxeram de acordo com a idade sugerida.

Atividades envolvendo calendário:

Para reconhecimento e contagem do tempo (dia, mês e ano)
1.      Apontar no calendário o primeiro (início) e último dia do mês;
2.      Mostrar para os alunos que o 1 dia do mês ocorre em diferentes dias da semana;
3.      Ensiná-los a ler o calendário: Na vertical e na Horizontal;
4.      Observar regularidades.
5.      Construção do gráfico de aniversariantes da turma ( É possível problematizar, por exemplo: Aline faz aniversário em junho, Bruno em abril, quem faz primeiro? Quem já fez aniversário?)

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Atividades juninas

      E mais uma vez, estou na minha rotina: planejar coisas para os meus alunos!
      Estamos vivendo a epoca junina, então, é aquela correria atrás de atividades que falem sobre o assunto. Graças a Deus, existe a internet!


      Desta forma, sugiro alguns sites que podem ser de grande valia quando estamos falando deste assunto com os nossos alunos:
      Alguns exemplos:


Trabalhando Espaço e Forma na Alfabetização



                 
        Segundo os PCNs  (  Parâmetros Curriculares Nacionais ) os conceitos geométricos constituem importante parte do currículo de matemática no ensino fundamental, porque, por meio deles, o aluno desenvolve um tipo  especial de pensamento que lhe permite compreender , descrever e representar de forma organizada, o mundo em que vive.
Partindo deste viés, oportunizo aos meus alunos no decorrer do ano letivo, variadas situações situações de aprendizagens que oferecem condições para que eles possam explorar aplicar e apropriar se da linguagem e dos conteúdos que contemplam forma e espaço. Proporcionar práticas pedagógicas centradas no estudo e exploração do ambiente que nos cerca, fazendo uso então, de conhecimentos geométricos. Pois os educandos necessitam do desafio e de recursos que o levem a pôr em prática o que sabem, desenvolvendo tentativas que o levem a construir novos conhecimentos. 
As crianças aprendem observando, manipulando e representando, ou seja, as crianças aprendem geometria transformando objetos ou construindo ideias, hipóteses, visualizando, mexendo, criando representações escritas, mentais etc.

Na fase de alfabetização o professor deve proporcionar aos alunos situações que desenvolvam noções de lateralidade (esquerda, direita), noções topológicas, como dentro e fora, para isso poderá utilizar o próprio corpo e outros objetos como ponto de referência.
Ao trabalhar com a localização no espaço, a localização é apontada como um fator fundamental de apreensão do espaço e está ligada inicialmente à necessidade de levar em conta a orientação. Para orientar-se no espaço é preciso começar por se orientar a partir do seu próprio corpo.

Segue a descrição de algumas atividades propostas, a fim de que a aprendizagem aconteça: construção de itinerários, exploração e criação de situações que envolvam formas geométricas, exploração da sala de aula e os objetos que a compõem, atividades envolvendo as figuras planas e sólidas: construção dos sólidos geométricos, comparar a forma de objetos aos sólidos  geométricos, tangram, dobraduras , releitura de obras, confecção de maquetes e plantas baixas, localização a partir de mapas, jogos e brincadeiras como cabra cega,  representação no papel quadriculado, simetria, atividades envolvendo perímetro, espelho de classe,  representação gráfica, blocos lógicos, mosaico, caça ao tesouro, sequência, etc.


                

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Campo Multiplicativo: Relatório de atividade

        
   
             Após realizar e analisar as propostas de atividades envolvendo Campo Multiplicativo, decidi aplicar na minha turma de primeiro ano a atividade nomeada como “Camisetas e calções” integrando com a mesma, as atividades de educação física, na qual seriam praticados jogos que envolvessem o coletivo.


Organizei os alunos em círculo, mostrei para turma 3 desenhos de camisetas cada uma de uma cor ( laranja, vermelho e verde) e 3 desenhos de bermudas também cada uma de uma cor diferente entre elas e entre as camisas ( branca, preta e azul).

Coloquei as mesmas expostas no quadro branco formando uma tabela.
Expliquei a proposta da atividade, perguntando:


Quantos uniformes diferentes, podemos montar, com esse número de peças?






Distribui 3 desenhos de camisetas e 3 desenhos de bermudas para que cada aluno colorisse de acordo com os anexos na tabela ilustrada acima.
Os alunos pintaram, recortaram e organizaram adequadamente em um pedaço de papel pardo as combinações de uniformes possíveis de serem realizadas com aquele número de peças disponíveis, tomando cuidado para que não houvessem repetições de modelos de uniformes. 



                                                         Confecção dos gráficos




Os alunos demonstraram facilidade na compreensão do entendimento das habilidades envolvidas na atividade, realizando com empenho atividade proposta.
No decorrer do ano letivo procuro oportunizar aos alunos variadas atividades com  propostas semelhantes, nas quais eles possam aprimorar  seus conhecimentos a partir de situações problemas concretas.

Aposto neste tipo de atividades que envolvem noções de multiplicação, com a intenção de oportunizar cada vez mais situações variadas, preparando os adequadamente para a resolução de atividades mais complexas.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Classificações, seriações e correspondência termo a termo

      A classificação, a seriação e a correspondência termo a termo são relações entre os objetos de uma dada coleção ou entre duas coleções de objetos, fundamentais para a construção do número, para a construção de muitos conceitos da Matemática e das aprendizagens em geral. No momento em que estamos agrupando os elementos de uma coleção segundo um determinado critério, estamos classificando.
        Atividades de classificação são fundamentais em diferentes áreas do conhecimento: em Língua Portuguesa, agrupamos palavras de acordo com o número de sílabas; em Ciências, categorizamos os animais vertebrados em mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
        No nosso dia a dia, as atividades de classificação aparecem em diferentes momentos e situações: quando, por exemplo, dispomos os livros numa estante de acordo com o assunto de que tratam ou quando, ao arrumar uma gaveta de talheres colocamos os garfos em um compartimento, as facas em outro e, num terceiro, as colheres.
       Ao classificar, estamos identificando semelhanças entre os elementos de uma dada coleção.Ao seriar, estamos identificando diferenças entre os elementos de uma dada coleção, a fim de organizá-los em uma sucessão de acordo com um critério ou regra estabelecida. 
      Por exemplo: no dicionário, as palavras são apresentadas em ordem alfabética; os dias da semana, os meses do ano, as fases da lua, são nomeados obedecendo a uma sequência determinada a partir de uma regra.
   Atividades de classificar e de seriar são fundamentais para a construção de competências matemáticas, pois grande parte dos conceitos matemáticos estão relacionados a classificações e seriações e, por isso, tais habilidades precisam ser trabalhadas na escola, ao longo dos anos de  escolaridade, em especial, naqueles reservados às aprendizagens iniciais da Matemática.
     Para classificar, devem ser propostas atividades que tenham como objetivo que as crianças possam reconhecer semelhanças e diferenças entre os objetos de uma coleção, identificar quais pertencem ou não a uma classe dos objetos que tenham um determinado valor de atributo, descobrir com que critério foi construído um agrupamento, reconhecer as diferentes formas nas quais uma coleção pode ser arrumada a partir de um critério adotado. Variando os critérios ao classificar, as crianças poderão chegar a diferentes "arrumações", observando sempre que: os elementos de uma classe devem ter pelo menos uma propriedade comum; cada elemento da coleção deve estar incluído em uma única classe.
      Nos materiais estruturados como os Blocos Lógicos, por exemplo, as crianças estão fazendo classificações quando se pede a elas que separem os blocos em montes, pensando em alguma coisa. Elas, então, podem pensar na forma, obtendo quatro montes, na cor, obtendo três montes, no tamanho, obtendo dois montes ou na espessura, obtendo dois montes, o que acontece porque os Blocos Lógicos são construídos a partir de quatro atributos com uma estrutura 4x3x2x2. Com quaisquer materiais estruturados, pode-se fazer este tipo de atividade.
       Para seriar, as crianças serão levadas a identificar a regra de formação de uma sequência dada, destacando a parte que se repete nessa sequência. Depois, elas mesmas irão criar diferentes sequências para uma mesma coleção de objetos.
       Ao colocar os Blocos Lógicos em uma fila organizada, é necessário criar critérios para saber a ordem de colocação das peças em uma fila. Por exemplo: os blocos azuis vêm antes dos amarelos e os amarelos vêm antes dos vermelhos; os quadrados vêm antes dos triângulos... e, assim, criam-se os critérios de organização da fila. Dessa forma, obedecendo ao critério estabelecido, como em um dicionário, temos um lugar bem determinado para cada peça dos Blocos lógicos. 
       As atividades de seriação e de classificação devem ser trabalhadas com diferentes materiais, a partir de atividades utilizando o próprio corpo. Podemos utilizar, também, diferentes sons ou ritmos. Por exemplo:
     
        - o professor posiciona quatro crianças em fila, ficando a primeira com os dois braços erguidos, a segunda com apenas o braço direito erguido, a terceira com os dois braços abaixados, ao longo do corpo, e a quarta com os dois braços erguidos. As demais crianças, observando esses colegas, deverão posicionar-se na fila, colocando os braços de acordo com o lugar ocupado. Depois, o professor solicita a elas que expliquem por que se colocaram desta ou daquela maneira, que verbalizem enfim a regra de formação de tal sequência.

      - usar palmas e outros sons também é importante: o professor bate palmas uma vez, faz uma pausa, bate duas vezes, faz outra pausa, uma vez, faz uma pausa e pede que as crianças continuem a sequência, batendo palmas.

        - as crianças poderão também inventar sequências que serão observadas e continuadas por seus colegas, utilizando vários objetos como tampinhas, palitos, pedrinhas, etc., formando "trenzinhos"; poderão utilizar letras, números, figuras geométricas em diferentes posições e tamanhos, fazendo rotações, translações ou simetrias .

         É importante que o professor solicite que, oralmente ou por escrito, as crianças expliquem o critério com que a sequência foi organizada. As classificações e seriações devem ser representadas com diferentes diagramas.
         Comparando termo a termo os elementos de duas coleções A e B, estamos estabelecendo uma correspondência termo a termo entre dois conjuntos. Ao corresponder termo a termo os elementos de dois conjuntos, a criança vai perceber que uma coleção A pode ter mais elementos que, menos elementos que, ou tantos elementos quantos tem uma coleção B.
        Desse modo, ela poderá agrupar na mesma classe as coleções que tiverem a mesma quantidade de elementos, denominadas coleções equipotentes. 
        É do estabelecimento de equivalência entre essas coleções que se destaca o conceito de número natural, isto é, cada número natural designa uma classe de coleções equipotentes.


REFERÊNCIAS

Curso de Extensão Alfabetização em Matemática, modalidade a distância. PUCRS 2015.