Ao realizar a leitura do texto familiarizei-me com as abordagens
propostas por Cooper acerca da noção de tempo e espaço. A autora cita inúmeras
abordagens exemplificando varias formas possíveis de trabalharmos com nossos
alunos, iniciando na educação infantil. Acredito que quanto menores eles são
mais curiosos e investigativos se tornam se forem bem estimulados e instigados
com propostas interessantes que agucem sua curiosidade, por que para eles não
há nada mais atraente do que mostrar aos coleguinhas algo só seu, do seu
domínio, empoderamento.
Se
quisermos ajudar nossos alunos a se relacionarem ativamente com o passado,
precisamos encontrar formas de ensiná-los, desde o começo, que iniciem o
processo com eles e seus interesses, que envolvam uma “aprendizagem ativa” e
pensamento histórico genuíno, mesmo que embrionário, de maneira crescentemente
complexa (COOPER, 2006, p. 174).
Como atuo em turmas em fase de alfabetização, tendo como referência os
alunos do primeiro ano, no qual para eles o contexto é novo (escola, colegas,
professores, rotina, etc.), acabo por trabalhar no decorrer desta etapa,
principalmente no início inúmeras atividades descritas no texto que envolve de
maneiras diferentes a noção de tempo e espaço. Pois, faz- se necessário para o
aluno ter o conhecimento da sua própria história, registrando de diversas
formas peculiaridades, fatos históricos, acontecimentos e trajetória de seus
antepassados, a fim de questionar, criar conexões, entender alguns pontos
marcantes em sua caminhada e as especificidades de cada família, e assim de
cada criança. O que serve de base para a professora conhecer a realidade em que
seus alunos estão inseridos e a partir destas constatações, pensar e planejar
ações adequadas que desenvolvam no educando habilidades e competências que
contribuem para a construção do conhecimento nas diferentes áreas.
No projeto intitulado como “identidade”,
são realizadas diferentes atividades para reconhecer a identidade dos alunos (preferências,
características, história de vida, etc.) em que eles são estimulados a
trabalharem com noção de tempo e espaço, tais como: análise e comparação de
documentos (registro, carteira de identidade, carteira de vacinação), confecção
da carteira de identidade, autorretrato utilizando espelho ( características),
construção da linha do tempo (utilizando fotos
e registros significativos colhidos dos pais), motivo da escolha do nome
e pesquisa do significado do nome ( sala digital), construção da árvore
genealógica ( uso diferentes materiais), caixa de memórias ( dentro de uma
caixa colocar objetos significativos na sua trajetória de vida até o momento
com um relatório de uma pessoa próxima), cartaz do aniversário, releitura de
obras, atividades envolvendo altura e peso dos alunos, reflexão a partir de
ilustrações de famílias e entoação de canções, etc.
REFERÊNCIAS
COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a
crianças de 3 a 8 anos. Educar,
Curitiba, v. Especial, p.171-190, 2006. Disponível em:
<revistas.ufpr.br/educar/article/viewFile/5541/4055> Acesso em: 20 set.
2016.
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