A partir das charges apresentadas nota-se que os
personagens não estão sendo avaliados da mesma forma, de maneira classificatória,
desta maneira nem todos conseguiriam obter “bons resultados” visto que não são
levadas em consideração suas especificidades. Segundo Hoffmann
“Na concepção de avaliação classificatória, a
qualidade se refere a padrões preestabelecidos, em bases comparativas:
critérios de promoção (elitista, discriminatório), gabaritos de respostas às
tarefas, padrões de comportamento ideal. Uma qualidade que se confunde com a
quantidade, pelo sistema de médias, estatísticas, índices numéricos dessa
qualidade. Contrariamente, qualidade, numa perspectiva mediadora de avaliação,
significa desenvolvimento máximo possível, um permanente “vir a ser”, sem
limites preestabelecidos, embora com objetivos claramente delineados,
desencadeadores da ação educativa. Não se trata aqui, como muitos compreendem,
de não delinearmos pontos de partida, mas, sim, de não delimitarmos ou
padronizarmos pontos de chegada.” (2009, p. 31-32).
As reflexões realizadas ao decorrer das leituras disponibilizadas
nos fazem perceber quão importante é o papel do professor no processo de
avaliação, como deve estar claro o objetivo da avaliação nesse processo de
construção do conhecimento. Tendo como habito realizar reflexões acerca de como
está avaliando e o sentido que a mesma tem durante este processo. Revisitando e
solidificando a ideia de que a avaliação deve ser contínua com vistas na
inclusão. Uma avaliação que contemplem as individualidades de cada aluno, o que
ele sabe, o que precisa consolidar para avançar na construção do conhecimento,
e o que precisa aprender ao longo do ano.
Avaliação deve ser um recurso utilizado a
favor da educação, avaliar para repensar, e reagir frente aos obstáculos
enfrentados pelos alunos, reorganizando através do planejamento estratégias que
contemplem e deem conta dessas dificuldades apresentadas ao longo do processo. Motivando
cada vez mais os alunos a buscar soluções para as suas duvidas sanando suas
dificuldades.
REFERÊNCIAS:
Cipriano Luckesi – o que é mesmo o ato de avaliar a
aprendizagem? Revista Pátio, ano 3 nº 12, p. 11, 2000
Souza Ferreira Souza Ferreira - Retratos da Avaliação
Conflitos, desvirtuamentos e caminhos para superação
HOFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em
construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2009.
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