sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Reflexão sobre a Corporeidade que nos cerca e que nos habita

Ao término da leitura do texto “Corporeidade: Uma Complexa Trama Transdisciplinar” e ao assistir o filme Inteligência Artificial, realizei diversas reflexões a partir dos pontos abordados tanto no texto como no filme, inclusive, percebendo vários links importantes e questionadores sobre a minha própria prática. 
Várias cenas do filme que foi destacado acima, deixam claras a importância do toque  e do afeto entre os indivíduos, mesmo que um deles seja um androide fazendo papel de um menino.
A máquina, até então não tinha consciência e nem experiência de como vivenciar e ou sentir emoções e sensações, portanto era insensível ao toque e ao carinho. Mas, tudo muda a partir da hora em que a mãe se aproxima e lhe toca delicadamente, olhando fixamente nos olhos, falando algumas palavras. 
A relação de mãe e filho se inicia naquele momento Os dois passam a fazer uso de diversas formas de linguagens para, através do corpo, para se comunicar e expressar o que sentem e o que desejam. 
Isso exemplifica a importância do toque e os demais gestos que o individuo realiza no meio em que vive, das maneiras que encontra para se comunicar e expôr suas escolhas, pensar e perceber que o corpo nos revela muitas coisas diferentes e de diferentes formas.
Nós, professores devemos estar continuamente sensibiizados para estass demonstrações, a fim de acolher, entender, desenvolver e aprimorar em nossa sala de aula, questões que muitas vezes nos passam despercebidas. 
O texto nos faz refletir constantemente, e no decorrer da leitura nos faz perguntas, como: “Em que medida atividades de sensibilização e corporeidade, tornam-se significativas para os sujeitos que se envolvem no processo aprendizagem?
Infelizmente, nos dias atuais,  ainda observamos algumas escolas que ainda tem suas raízes fixadas em paradoxos que tratam o corpo e a mente como algo fragmentado, inutilizando quaisquer relações que os mesmos possam firmar durante o desenvolvimento  do aluno.
A ideia de corporeidade trabalhada nos referenciais sugeridos acima, no texto e no filme, nos faz  parar para pensar em relação a ideia de que corpo e mente são dependentes um do outro, são um só conjunto e devem desenvolver-se gradativamente, lado  a lado, complementando-se uma a outra, fazendo com que a aprendizagem aconteça por completo, de forma integral e não fragmentada, como ainda é realizada em muitas escolas da sociedade  atual.
Pensando na ideia principal de que devemos trabalhar com o nosso aluno de maneira integral, envolvendo o corpo e a mente, já que os mesmos estão continuamente interligados pelos processos contidos em nosso organismo, é necessária e válido que nos lembremos que  o indivíduo se comunica com o outro e com o mundo que o cerca a partir  de diferentes linguagens, de diferentes formas.
Portanto, o ensino-aprendizagem precisa ser pensado, compreendido, entendido como desenvolvimento de competências e habilidades que vão sendo aperfeiçoadas ao longo da caminhada. 

Referências:


Filme :  A.I. - Inteligência Artificial. Ano  2001. Direção Steven Spielberg. Tempo: 2h20m.

sábado, 22 de agosto de 2015

Aprendizagens sobre o processo de preparação e organização do Workshop

Vamos lá!
Por onde começar???
Pensar  como seria o workshop foi a primeira etapa do processo que sabíamos que seria longo e trabalhoso.
Porém, acreditávamos que seria de suma importância por ser o primeiro desta caminha, não esquecendo do ditado de que  “o primeiro, a gente nunca esquece!”
Uma  pergunta não saía da minha cabeça: Como em  meio ao caos e a correria do dia a dia , me organizaria para realizar um trabalho adequado ao nível do curso, que abraçasse todos os conhecimentos adquiridos e os desafios  lançados?
Como elaborá-lo para que todos compreendessem  o que aprendi e como  influenciou para melhorar a minha prática em sala de aula até o momento?
Sabia que não seria fácil, mas não impossível.
Iniciei listando todos os conteúdos estudados.
Depois, relacionei-os a minha prática e enumerei-os de acordo com  a importância que representaram para mim. De mãos dadas comigo andavam a ansiedade, nervosismo e a criticidade.
Enfim, resolvi começar falando da minha escolha pela profissão, seguindo a escrita sobre a minha postura, ação e reação perante o PEAD. Na sequência, passei a comentar teoricamente as ligações realizadas durante o semestre dos conteúdos das disciplinas à minha prática, o que agregou e como se deu.
É... quase tudo impossível, mas vamos lá!

                
                  

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire e minhas didáticas de ensino


O que é autonomia, na perspectiva de Paulo Freire?

No livro Pedagogia da Autonomia, Freire nos passa que, formar um aluno, é muito mais que treinar e depositar conhecimentos. Enfatiza que não se trata de um ato de transmissão de conhecimentos, mas sim, de criação de oportunidades para a construção dos saberes, representando um processo de formação, na qual o educando se torna sujeito de seu conhecimento. Porém, todos os envolvidos neste processo, passam por aprendizagens.
Para formar um indivíduo, necessitamos de ética e coerência, as quais precisam estar vivas e presentes em nossa prática educativa, fazendo parte de nossa responsabilidade como mediadores pedagógicos.
Ele afirma que o homem não nasce homem, ele vira homem a partir da formação. 
Por isso, para ele, educação é formação. 
Nos chama atenção que, formar um ser humano é muito mais que formá-lo em suas destrezas!
Repensando nossas práticas e a importância que damos à ética, Freire argumenta sobre o quanto isso é importante para estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade em que estão inseridos, perceberem-se ativos em seu processo de construção de aprendizagens, acumulando e interligando conhecimentos aqueles que já possuem de seu saber diário, alcançando níveis mais elevados de conhecimentos. 
O aluno que é sujeito da sua própria história, vê-se capaz de  criar, reinventar, agir e modificar criticamente as situações pelas quais passará ao longo da sua vida em sociedade, formando uma consciência crítica para enfrentar barreiras em sua trajetória.
Freire relata que nós, professores, devemos sempre dispor de esperança e de otimismo, que são  necessários para que haja  mudanças na educação e da necessidade de nunca se acomodar, pois "somos seres condicionados, mas não determinados".

Que ações me proponho a realizar, de forma que isso venha a acontecer em minha sala de aula, em minha escola?

Em minha prática pedagógica, costuma trabalhar com projetos interdisciplinares do interesse da turma. Uma vez escolhido, procuro averiguar primeiramente qual o conhecimento prévio dos meus alunos sobre determinado assunto e o que eles pretendem aprender com a escolha deste tema.
A seguir realizamos pesquisas e muitas outras atividades que nos possibilitam descobertas, trocas de saberes, inquietações, trabalhos em grupo, etc. 
Como sou professora "alfabetizadora" encontro facilidade em trabalhar com projetos, interligando dentro do mesmo, as diferentes áreas do conhecimento, a fim de desenvolver com alunos suas habilidades e competências de forma globalizada.
 Um ponto forte das minhas aulas são atividades que envolvem o lúdico e a corporeidade do aluno. Acredito que todo aprendizado construído a partir do corpo,em que o aluno percebe-se parte ativa é necessário e fundamentalmente importante nesta trajetória, pois passa a ser uma aprendizagem significativa e colaborativa quando realizada em grupo.
Entretanto, quero enfatizar que os projetos desenvolvidos com a turma não partem só de conteúdos cognitivos, mas também  de valores que considero importantíssimos para a vida em sociedade, orientando-os a questionarem-se sobre algumas posturas tomadas em situações diárias de nossa vida escolar.
    


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O cérebro humano e a neuroeducação



        Ao realizar a leitura dos textos: "Emergência da Neuroeducação: A hora e a vez da neurociência para agregar valor à pesquisa educacional" e "As formas de percepção e as mudanças culturas", além de assistir o vídeo "BBC - O corpo humano: o Poder do cérebro", pude perceber como é complexo e misterioso a misteriosa relação corpo/mente, como o processo de construção do conhecimento transpassa por esta relação. 
O vídeo, em especial, esclareceu a forma como aconteceu a evolução humana, levando em conta os pontos relevantes quanto ao desenvolvimento da mente/cérebro e de nosso corpo desde os tempos passados até os dias atuais.
Desde o início, o documentário mostra de forma explicita a importância do cérebro humano, destacando que o que nos difere de outras espécies é a nossa capacidade de pensar.
Nos chama a atenção para  a evolução cerebral para dar conta das necessidades, as quais, vão aumentando com o passar dos anos. Descreve este órgão misterioso que rege nosso comportamento, que nos dá flexibilidade e capacidade de explorar tudo o que há ao nosso redor.
O cérebro é o objeto mais complexo de que se tem conhecimento, um “milagre da evolução”, como é dito durante o vídeo. Durante anos, vem sendo estudado e pesquisado.
Mediante a estas descobertas, não podemos deixar de nos perguntar: Como todas essa evolução que envolve a mente, corpo e cérebro pode nos ajudar enquanto professores que auxiliam na construção do conhecimento por parte de nossos alunos?
Nos dias aturais, nós, professores, convivemos com constantes preocupações porque não sabemos direito como, quando e de que  forma conseguiremos construir a pleno, uma aprendizagem de qualidade com os nossos alunos. Estamos à mercê de tantas informações, situações familiares e sociais tão diversas, as quais refletem nas emoções e condições educacionais do sujeito.
Vivemos numa era digital, com inúmeras tecnologias a nossa disposição e que podem ser usadas tanto o bem, quanto para o mal.
Então, fico refletindo: Como devo utiliar todos estes itens de forma que eu consiga melhorar os resultados de minha prática profissional? Como faço para dar conta de todosos anseios que, segundo os autores, precisarão futuramente, levar em conta ass informações geradas pelos estudos da neurociências?
Como poderei tecer ligações entre estas teorias com a minha prática, mas ao mesmo tempo, sentir-me segura que de estou inovando minha forma de dar aulas, mas que obterei resultados positivos?
Quantas perguntas, para tão poucas respostas!
Porém, acredito que sejam de grande valia os estudos que estão sendo realizados na área da Neuroeducação, principalmente porque  nesta área, há o entrelace entre psicologia, educação e ciência. Também acredito que algumas respostas, nos orientarão na descobertas de novos entendimentos da relação professor X aluno durante as aulas, fechando lacunas e possibilitanto novas formas de construção de conhecimentos.
Daí a importância das neurociências: possibilitar que o sujeito seja visto de forma completa: cognitiva, afetiva e culturalmente, contextualizado à sua realidade.
Ainda temos muito o que aprender, descobrir, testar, investigar e isso requer que a educação saia de sua zona de conforto, reinvente-se diariamente, proponha-se às mudanças que certamente, irão refletir na sociedade em que vivemos.

REFERÊNCIAS:

·     Emergência da Neuroeducação: a hora e a vez da neurociência para agregar valor à pesquisa educacional. Ciências & Cognição 2010; Vol 15 (1): 199-210 http://www.cienciasecognicao.org

·    As formas de percepção e as mudanças culturais. José Eugenio de Oliveira Menezes. In Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia. PUC-SP http://www.cisc.org.br/portal/·       


  
Vídeo BBC – O corpo Humano – O Poder do Cérebro.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Refletindo sobre a minha prática pedagógica

A partir das leituras realizadas e do vídeo que assisti, percebi a importância do educador compreender os modelos pedagógicos para analisar em quais deles sua pratica pedagógica se encaixa, se alia, pois esta união entre prática e teoria podem vir a enriquecer o trabalho docente em sala de aula, já que o principal objetivo do professor é oferecer ao aluno uma aprendizagem de qualidade e significativa, formadora de um ser integral crítico/reflexivo para conviver na sociedade que está inserido, “... um sujeito pensante que seja capaz de criar situações novas, capaz de invenção...” nas palavras de Becker.
Os três modelos citados pelo autor e minuciosamente caracterizados durante o texto, me fizeram refletir sobre a minha prática, encontrando semelhanças e diferenças entre o que estava sendo exposto. Afinal, qual deles é o  mais adequado para que o ensino-aprendizagem aconteça realmente?
Minha pratica possui resíduos de cada um dos modelos, mas percebo que nem uma e nem outra é certa ao ponto de dar conta de toda a construção do conhecimento do aluno.
No decorrer da minha trajetória já vivenciei todas elas, seja como aluna, seja como professora, pois estes modelos são reflexos da história da sociedade com seus avanços e lacunas.
Percebo nos dias atuais, alguns pontos fazem a diferença como facilidade de encontrar informações, de pesquisar e trocar experiências, fazendo com que o professor consiga cada vez mais,  criar situações e ações que não se atenham apenas em transmitir e acumular conhecimento, mas que vão além disso, possibilitando a expansão das competências e da capacidade de aprender, pois “... o aluno se apropria do conhecimento na medida que ele reinventa o conhecimento para si e nesta reinvenção ele amplia suas capacidades de conhecer. Talvez em nenhuma outra época da humanidade tanto quanto  na atual, tenhamos necessitado tanto de  expandir nossa capacidade de aprender.”, afirma Becker.
Analisando tudo que foi lido e ouvido, e levando em consideração a minha pratica pedagógica, penso que ainda teremos trabalhos e desafios a fazer para conseguirmos a escola de nossos sonhos, já que a escola que queremos é influenciada por outros aspectos que, muitas vezes, vão além de nossa capacidade docente.

Acredito que o melhor modelo a seguir, levando em consideração o que penso ser a escola ideal e enquanto profissional da educação, é o pedagógico relacional, pois vem de encontro com o trabalho que realizo, através de projetos que partem do interesse do aluno. Em minhas metodologias de ensino, procuro fazer com que eles aprendam a pesquisar, trabalhar em grupo, cooperar, trocar conhecimento com colegas e professora, interagindo com o meio que os cerca, já que concordo com Zabala (2002, p. 28-29), quando afirma que  “nos métodos globalizados, os alunos mobilizam-se para chegar ao conhecimento de um tema que lhes interessa, para resolver alguns problemas do meio social ou natural que lhes são questionados, ou para realizar algum tipo de construção. (...)”