sexta-feira, 15 de julho de 2016

O Brincar, o Jogar e o Movimento


               O jogo e a brincadeira são, por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais. Nos jogos ou brincadeiras a criança age como se fosse maior do que a realidade, e isso, inegavelmente, contribui de forma intensa e especial para o seu desenvolvimento.

              A brincadeira, o jogo e o movimento natural e espontâneo (que ocorre na recreação) são fatores fundamentais em toda e qualquer escola de educação infantil e fundamental, uma vez que os mesmos contribuem e muito na educação e formação geral do educando.

              É por meio do lúdico que ela abandona o seu mundo de necessidades e constrangimentos e se desenvolve, criando e adaptando uma nova realidade a sua personalidade. A infância é, portanto, um período de aprendizagem  necessária à idade adulta. É nesse momento que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de seu "eu".

             Brincando a criança se torna espontânea, desperta sua criatividade e interage com o seu mundo interior e exterior.

            Por meio das atividades lúdicas podemos perceber dificuldades motoras, intelectuais e afetivas dos nossos educandos.

           O QUE É BRINCAR?

           Brincar: proposta criativa e recreativa de caráter físico ou mental, desenvolvida espontaneamente, cuja evolução é definida e o final nem sempre previsto. Quando sujeito a regras, estas são simples e flexíveis, e o seu maior objetivo é a prática da atividade em si.

            O QUE É JOGAR?

             Jogar: de comportamento organizado, nem sempre espontâneo, com regras que determinam duração,  intensidade e final da atividade. Importante lembrar que o jogo tem sempre como resultado a vitória, o empate  ou a derrota.
              Lúdico:é tudo aquilo que diverte e entretém, seja em forma de atividade física ou mental.

              O QUE É MOVIMENTO?

               Movimento: espontâneo ou não, é uma sequência  de atividades motoras e físicas  que são realizadas conscientemente.
                O jogo  e a brincadeira permitem ao educando criar, imaginar, fazer de conta, funcionam  como laboratório de aprendizagem, permitem ao educando experimentar, medir, utilizar, equivocar -se  e fundamentalmente  aprender.
               "Nada mais sério do que uma criança brincando" (Claparede).
               "Se a vida é um jogo e o jogo pode se transformar em brincadeira, por que não viver brincando e aprender com a brincadeira?" (João Luiz).
             
               Alexis Leontiev (1988) afirma que a atividade lúdica que o educando desenvolve sua habilidade de subordinar-se a uma regra, mesmo quando um estímulo direto o impele a fazer algo diferente. "Dominar as regras significa dominar seu próprio comportamento , aprendendo a controlá-lo, aprendendo a subordiná-lo a um propósito definido."


              REFERÊNCIA
QUEIROZ, Dias Tania e MARTINS, Luiz João. Jogos e brincadeiras de A a Z. Editora Rideel, 2° Edição. São Paulo, 2009.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

As atividades lúdicas e o desenvolvimento intelectual


              Sabemos que as brincadeiras e jogos são vistas pelos professores como estratégias  motivacionais  de aprendizagem, muitas vezes não constituem aprendizagem em si próprio, mas são excelentes meios que permitem análise, ingerência e até mesmo construção de conceitos e aprendizagens. Auxiliando no resgate da autoestima, autoconhecimento e o trabalho na prática de valores  como solidariedade, respeito, disciplina, responsabilidade e tantos outros que são partes integrantes na construção da moral de um indivíduo responsável pelo meio em que vive.



            Partindo deste contexto entendemos que muitos educadores não podem insistir em uma educação reprodutora, repetitiva e sem criatividade.Evitando assim que a escola continue a ser um depósito de educandos e se torne um lugar de construção de conhecimento pedagógico.



            Concluímos que apenas por meio de ideias novas e uma nova prática  tendo como foco a interação entre as atividades lúdicas e a prática educativa, concordando com Beheheim quando diz que " brincar é muito importante porque, enquanto estimula o desenvolvimento  intelectual da criança, também ensina hábitos necessários ao seu crescimento" ( 1988, p.168). Assim  reconhecemos a importância  do brincar , levando em consideração a abordagem cultural, encarando os jogos e as brincadeiras como expressão da nossa cultura,  a abordagem educacional reconhecendo que contribuem de forma expressiva no processo  de aprendizagem e a abordagem psicológica , os jogos e as brincadeiras permitem  uma melhor  compreensão  das emoções e auxiliam  na formação  da personalidade a partir do momento que permitem aos educandos o encontro com o outro  e a descoberta  de que para atingirem  seus objetivos  precisam do outro.



             Afirmava Piaget "os jogos constituem-se admiráveis instituições sociais", por meio deles os educandos exercitam a autonomia e a cidadania, pois aprendem a julgar, a argumentar, a chegar a um consenso, a raciocinar.



           Acreditamos que desta forma permitirá aos educadores formatarem um novo futuro, um futuro dinâmico e ágil, adequado aos nossos educandos sem dissociar o lúdico da prática educativa.



          Concordando também com Vygotsky, acreditamos que a brincadeira, o jogo, e o lúdico são ingredientes vitais para uma infância sadia e para um aprendizado significativo.



          Vygosky atribui importante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. Segundo ele, por meio da brincadeira, o educando reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. " A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas ações com objetivos distintos.










sexta-feira, 1 de julho de 2016

A ludicidade como apoio pedagógico na prática educacional

         

                 Ser educador em tempos de mudanças educacionais é uma tarefa árdua , pois estamos marcados  pela resistência  e ao mesmo tempo pela esperança.
                  
                 Navegamos  em caminhos desconhecidos e só temos uma saída: a formação continuada, para que possamos nos atualizar constantemente de forma a nos manter na dianteira dos processos inovadores da aprendizagens na área educacional.

                  Atualmente a educação exige que os educadores sejam multifuncionais, não apenas educadores, mas psicólogos, pedagogos, recreacionistas e muito mais, para que tenhamos condições de desenvolver as habilidades e competências  de nossos educandos, para  que  a aprendizagens seja significativa obtendo também  sucesso na sua caminha de vida.

                  A realidade nos mostra que estamos vivendo na era do "desencanto escolar", na qual  muitos de nossos  educandos não estão receptivos a aprendizagem, o desinteresse pelo aprendizado em geral, a indisciplina também vem sendo um marco  no cotidiano escolar e a frustração que muitos professores sentem por não conseguirem um resultado satisfatório na sua prática diária, por que não conseguem fazer com que seus alunos se interessem pelo processo de sua própria aprendizagem.
                  
                 Nesse contexto, faz - se necessário reinventar a prática educacional utilizando jogos, brincadeiras e dinâmicas com o objetivo  de auxiliar o professor no resgate do interesse do educando pelo processo do seu ensino aprendizagem, fazendo com que o mesmo demonstre entusiasmo e prazer pela ação de aprender.

                Acreditamos  que a sala de aula deve ser um espaço escolar em que a transformação aconteça , mas para que isso ocorra a prática educacional do professor  deve ser algo instigante, prazerosa e agradável, neste  contexto entra encena para fortalecer as brincadeiras e jogos que permitam o educador alcançar a plenitude em sala de aula.