Nesta narrativa a seguir,
apresenta-se um dos trabalhos que foram realizados no grupo de teatro da Escola
de Ensino Médio Vila Prado, chamado Mythos. O grupo é composto por 32 alunos da
escola que expressam a vontade de participar das atividades que englobam além
das peças de teatro, a dança, atividades das oficinas, passeios culturais,
entre outras atividades.
A peça de teatro Chapeuzinho
Vermelho foi reescrita levando em consideração as diversas adaptações
realizadas pela TV, como por exemplo, o filme “Deu a louca na Chapeuzinho”. A
ideia do grupo vou dar ênfase a diversidade percebida na escola, englobando fatos observados na sociedade.
Segue a narrativa tal qual foi encenada pelos alunos atores.
Chapeuzinho
Vermelho da Escola Vila Prado: suas peripécias na casa da vovó
Primeiro Ato
Era uma vez, numa pequena
vila perto da escola Vila Prado, uma menina bem alta e magra, de olhos
castanhos e cabelos vermelhos, lisos e escorridos que caminhava pela floresta com uma
cesta e o celular nas mãos.
Antes de sair de casa, sua
mãe avisa, não converse com estranhos, não fique falando no celular e vá até a
casa da vovó levar os doces que ela tanto quer, mas ela estava muito ocupada no
facebook, nem deu atenção.
A floresta era cerrada e
escura, mas a menina estava agradecida porque lá pegava o sinal da internet.
Ela ia por uma trilha quando, de repente, apareceu a sua frente um lobo enorme,
de orelhas grandes e olhos brilhantes, mas a garotinha era destemida e ignorou-o, seguindo a conversar pelo celular com sua best
friend que estava desempregada.
O lobo, na hora, sentiu
vontade de devorá-la, mas não teve coragem, pois ouviu um burburinho de pessoas
falando pela mata adentro. Tentou ser mais esperto e falou:
— Bom dia, linda garota. - Disse com voz doce.
— Bom dia para quem? Nem te conheço! - Respondeu Chapeuzinho Vermelho.
— Qual o seu nome?
— Chapeuzinho Vermelho. Vou indo visitar minha avó, que não está muito bem de saúde.
— Muito bem! E onde ela mora?
— Mais além, do outro lado da mata. Em uma travessa chamada João Rodrigues, 111.
— Bom dia, linda garota. - Disse com voz doce.
— Bom dia para quem? Nem te conheço! - Respondeu Chapeuzinho Vermelho.
— Qual o seu nome?
— Chapeuzinho Vermelho. Vou indo visitar minha avó, que não está muito bem de saúde.
— Muito bem! E onde ela mora?
— Mais além, do outro lado da mata. Em uma travessa chamada João Rodrigues, 111.
O Lobo nem deu mais conversa
e saiu correndo pela mata para chegar primeiro à casa da vovó.
Segundo Ato - Na casa da vovó
Segundo Ato - Na casa da vovó
Chegando à casa da vovó, o
lobo, fingindo ser chapeuzinho vermelho, bateu na porta. Assim ele fala:
— Olá Vovó, sou eu
Chapeuzinho Vermelho!- Ela respondeu:
— Pode entrar, minha
netinha. Puxe o trinco que a porta abre.
Assim que entrou, ele prendeu a vovó dentro do armário. E se deitou no lugar dela cantarolando:
" - Nessa cama agora, vou ficar bem quietinho, pra comer os doces da Chapeuzinho!”
Passado alguns minutos, chega à casa da vovó, Chapeuzinho Vermelho, que já vai logo falando:
Assim que entrou, ele prendeu a vovó dentro do armário. E se deitou no lugar dela cantarolando:
" - Nessa cama agora, vou ficar bem quietinho, pra comer os doces da Chapeuzinho!”
Passado alguns minutos, chega à casa da vovó, Chapeuzinho Vermelho, que já vai logo falando:
— Vovó, sou eu, Chapeuzinho
Vermelho.
O Lobo disfarçado responde:
O Lobo disfarçado responde:
— Pode entrar, minha
netinha. Puxe o trinco, a porta abre!
A menina pensou que a vovó estivesse muito doente para não se levantar para recebê-la. Talvez por isso, estava com aquela voz tão rouca também. Mas ela nem ligou, pois estava respondendo uma mensagem no Messenger. Entrou e foi até o quarto da vovó:
A menina pensou que a vovó estivesse muito doente para não se levantar para recebê-la. Talvez por isso, estava com aquela voz tão rouca também. Mas ela nem ligou, pois estava respondendo uma mensagem no Messenger. Entrou e foi até o quarto da vovó:
—Eu trouxe estas lindas
flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que a senhora fique boa
rapidinho.
O lobo, disfarçadamente respondeu:
O lobo, disfarçadamente respondeu:
—Eu também minha netinha! Não vejo a hora de sair e ir ao bailinho, dançar com os meus amigos!
Cai o sinal da internet e a menina começa a olhar para a vovó e pergunta:
Cai o sinal da internet e a menina começa a olhar para a vovó e pergunta:
—Vovó, a senhora está tão
diferente: por que estes olhos tão grandes?
Ele responde:
Ele responde:
—É pra te ver melhor, minha
netinha.
Intrigada, Chapeuzinho diz:
Intrigada, Chapeuzinho diz:
—Mas vovó, por que esse
nariz tão grande?
—É para te cheirar melhor,
minha netinha.
Ainda desconfiada, ela pergunta:
Ainda desconfiada, ela pergunta:
—Mas vovó, por que essas
mãos tão grandes?
—São para te acariciar
melhor, minha netinha.
O Lobo já estava perdendo a paciência com tanta pergunta, mesmo assim, estava tentando manter a calma.
O Lobo já estava perdendo a paciência com tanta pergunta, mesmo assim, estava tentando manter a calma.
Nesse meio tempo, de
perguntas e mais perguntas. Vovó que estava dentro do guarda-roupa já tinha
ligado para meio mundo, chamou a sua gangue para atacar o lobo descarado.
O Lobo segue a conversa
interminável com Chapeuzinho Vermelho. Ela pergunta:
—Mas, vovó por que essas
mãos tão grandes?
No momento em que o Lobo se
prepara para atacar, adentrar a casa, toda a gangue da vovó. Que começam a
dançar um funk bem adoidado.
O Lobo atordoado se levanta
e para disfarçar e começa a dançar junto. Nisso, puxa o celular e manda vir,
imediatamente a sua gangue para o desafio do funk, quem ganhasse teria que
pagar uma rodada de pizza. Começa o duelo entre as gangues.
Ao terminarem a dança, bate
na porta e grita uma linda princesa.
— Gente, gente. Vamos parar com
essa baderna! Preciso que me ajudem a arrumar um príncipe!
Ninguém entende o que aquela
menina quer ali, afinal, a história nem é dela!
O Lobo nem dá conversa e
pede para ela se retirar, mas a princesa está histérica, quer encontrar o
príncipe e se casar de uma vez e ser feliz para sempre!
Segue a música, todos
resolvem dançar, a vovó quase se esquece do Lobo que a trancou no armário, pois
ela não era de uma boa reputação. Em outros tempos, fazia negócios escusos,
vendendo mercadoria do Paraguai. Agora na idade mais avançada, só recebia uma
aposentadoria do INSS e gostava de dançar nos finais de semana.
Todos já estavam se
divertindo e começariam a votação da melhor dança do passinho. Quando de
repente, uma nova batida na porta...
A vovó abre a porta e começa
a gritaria da princesa encalhada.
— Meu Deus, não acredito,
finalmente apareceu o meu príncipe. Obaaaa!
O príncipe nem pestanejou os
lindos cílios postiços. Olhou por cima dos óculos e falou:
— Querida, menos, menos.
Querida, vim aqui apenas porque escutei esta música divertida e minha amiga
Pati me convidou para votar qual seria a melhor dança.
Neste momento começa a
música novamente, todos dançam juntos dessa vez. A princesa tenta fazer o melhor
passinho, mas o príncipe não dá a mínima para a linda garota com seu longo
vestido.
Seus olhos estão voltados para a Chapeuzinho Vermelho.
No final, para a surpresa de todos, o príncipe pede a mão da Chapeuzinho Vermelho, eles tiram uma selfie e fazem juras eternas de amor e convidam todos para o casamento que será em breve, para que assim, vivam feliz para sempre.
Seus olhos estão voltados para a Chapeuzinho Vermelho.
No final, para a surpresa de todos, o príncipe pede a mão da Chapeuzinho Vermelho, eles tiram uma selfie e fazem juras eternas de amor e convidam todos para o casamento que será em breve, para que assim, vivam feliz para sempre.
Sobre
esta experiência: algumas considerações
Tradicionalmente, a história
da Chapeuzinho Vermelho é uma narrativa que vem encantando milhares de
crianças, adolescentes e adultos há muito tempo. A escola, com o envolvimento
de todos os professores, busca sempre inovar e permitir que todos participem e
tragam novas experiências para o ambiente escolar.
Nesse sentido, a reescrita
da história trouxe novos elementos, como a inserção de diferentes personagens,
como o príncipe, a princesa, bem como as gangues que dançam funk. Também, a
história da vovó nada correta que vendia produtos do Paraguai. Dessa forma, o
trabalho realizado pelos alunos só veio a contribuir para a interação entre
todos os alunos, desde as séries iniciais até o ensino médio.
Figura 1: Foto da princesa
histérica em busca do príncipe encantado
Figura 2: Foto da dança das
gangues
Nenhum comentário:
Postar um comentário