sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Meus comprovantes de memória docente



Pensar e descrever sobre minha identidade docente é relembrar inúmeros momentos  vividos  com diferentes pessoas, revivendo variados sentimentos em diferentes épocas da minha vida. Lembranças felizes e saudosas e outras nem tanto. Iniciei minha caminha pedagógica muito cedo, passando por muitas escolas estruturadas, localizadas, frequentadas e princípios norteadores bem distintos. Com essas peculiaridades aprendi a olhar de diferentes ângulos uma mesma situação, procurando sempre o lado positivo e os aspectos que agregariam em minha construção diária como professora.

Confesso que os registros desses momentos em sua maioria eram feitos pela memória, muitas vezes esquecida, mas os valiosos, mais importantes carregados de significados e identidade  permanecem guardados com carinho.

Confesso quede uns tempos para cá,  estou cultivando o hábito de registrar através de fotografias todos os momentos e situações que envolvem os alunos e colegas no ambiente escolar. Sempre procuro participar de todos os eventos, dos quais acho importante para a comunidade escolar, pois é a história dela e a minha de certa maneira que se constituem no decorrer desses acontecimentos, justamente porque entendo que se tratam  de  registros  que  nos  possibilitarão  revisitar  a  memória,  reviver  aquelas circunstâncias,  reconhecer  aqueles  personagens  que  naquela  dada  situação,  estavam conosco  naquele  exato  instante  de  nossa  história e que de alguma forma nos marcaram positivamente ou nem tanto, sinto só não ter iniciado esse processo de fotografar antes, pois  neste momento de minha vida sei o quanto importante é este registro.


A maioria dos meus comprovantes de memória docente sem dúvida são registros de documentos em forma de caderno de planejamento, cartas e cartões presenteados pelos alunos, lembranças de atividades de feira e saídas de campo, cartas de comunicados de aprovação em concursos do magistério, certificados de cursos da área, jogos, bem como flash de momentos vivenciados guardados no consciente.

Após iniciar a graduação na UFRGS, percebi a necessidade que havia em minha trajetória docente de registrar em forma de fotografias e vídeos, minha caminhada docente, a fim de guardar em segurança esses momentos, que fazem e muito ainda farão parte de mim, para relembrar com alegria ou  simplesmente refletir sobre o que poderia ser conduzido e elaborado de forma diferente.

Em seguida estão dispostas  algumas fotografias de momentos significativos vivenciados no decorrer deste ano, na escola na qual leciono.

Projeto Escolinha de Trânsito 
Turma 1° e 2° Ensino Fundamental
De forma lúdica e criativa os alunos aprenderam como  motoristas e pedestres devem portar-se para que o trânsito seja seguro para todos.

 Grupo de Teatro da Escola Vila Prado – Ano 2015.Peça: Releitura da Obra Chapeuzinho Vermelho


                       Turma do 1° ano do Ensino Fundamental -Apresentação do dia das mães.

                       Projeto Cadê o amor? , Realizado pelos alunos de 1° ao 5° ano ensino fundamental

Professores da escola caracterizados a rigor para a Festa de São João de integração da comunidade escolar. Momento de muita alegria e descontração.

      

     Acredito que uma memória organizada a partir de fotos possibilita sim inúmeras maneiras de pensar, repensar, planejar e agir sobre  a mesma, abrindo espaço para propostas nas quais possam oferecer a parte envolvida  variadas oportunidade do fazer diferente proporcionando novas construções e conhecimentos em diversas áreas,servindo para reorganizar as muitas aprendizagens adquiridas até o momento ou até mesmo sendo o limite para o ponta pé inicial para dar outro rumo a  caminhada, sendo ela uma forma de organizar cronologicamente nossa trajetória levando-nos à reflexões sobre aprendizados construídos durante o percurso em meio as circunstâncias vividas e superadas muitas vezes.


REFERÊNCIAS
FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos
fotográficos.  Londrina,  v.3,  n.3,  p.205-220,  2007.  Disponível  em

http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246, acessado em 28 de novembro de 2016.

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