
Enquanto vou
realizando as leituras, procuro convidá-los a argumentar sobre os assuntos,
procuro promover atividades que envolvam motricidade, coordenação motora fina,
pois o meio em que vivemos não é apenas para ser visto, mas também para ser
tocado, cheirado, ouvido e degustado e a Escola é um dos ambientes em que as
crianças podem ter estas percepções de como explorar o mundo por meio dos cinco
sentidos. Neste momento, procuro por leituras de clássicos da literatura
infantil, mesclando-as com literaturas produzidas mais recentemente.
O processo de
aquisição da leitura da linguagem escrita na criança não inicia direto na
alfabetização. É um processo constante que deve ser estimulado, com vistas a
estimular a curiosidade de conhecer este mundo mágico.
Dar oportunidades
para que os alunos conheçam o mundo encantado dos livros e vencer suas
deficiências com a leitura é um importante facilitador no processo de assimilação
da escrita. Quando estimulados a desenvolverem o hábito e o gosto de pela leitura,
as crianças desenvolvem as suas capacidades interpretativa e criativa. A Escola
é crucial neste processo, pois é nela que identificamos e formamos leitores.
No dia-a-dia, ficamos
o tempo inteiro realizando leituras. No caso de minha turma, como ainda não
dominam a leitura escrita, a função imagética é fundamental e neste sentido, as
leituras de gibis, produziram excelentes efeitos, aguçando suas curiosidades e
desafiando seu senso crítico.
Segundo o que afirma Carvalho
(2004), “palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente – a interligação
do texto com a imagem, existente nas histórias em quadrinhos, amplia a
compreensão de conceitos de uma forma que qualquer um dos códigos,
isoladamente, teria dificuldades para agir”.
Entre os elementos
que os gibis oferecem, estão os aspectos lúdicos como cores, onomatopeias,
personagens e traços. São histórias curtas que fazem parte da literatura
infantil que se aliam às brincadeiras justamente através do simbólico, da
fantasia.
Como estamos próximo à
metade do ano letivo, muitas crianças já estão dominando a leitura, realizando-as
autonomamente. Aliando-se a isso, nossa Escola também tem o “Dia da Leitura” e
nestes momentos, as crianças ficam livres para escolherem os títulos que melhor
lhes convém.
De acordo com as
reflexões de Anjos e Ferreira (2012), “as idas a bibliotecas e a participação
efetiva das crianças no processo de interação com livros, revistas, jornais,
almanaques, gibis, entre outros, é um aspecto que pode ser adotado pelo
professor no intuito de induzir o educando a aprender a explorar este espaço,
colaborando com a consequente autonomia do mesmo nesta atividade que, pelo
auxílio do professor, tornar-se-á rotineira para a criança.”
Deste modo, a leitura
não pode ser uma atividade secundária na sala de aula ou na vida, uma
atividades que vise apenas solucionar problemas de escrita.
REFERÊNCIAS
ANJOS.
Luciana Moreira dos.; FERREIRA. Aline Barbosa Francine Veloso. A importância da leitura no processo de
alfabetização e o uso da biblioteca como espaço de construção do encanto pelo
ato de ler. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario9/PDFs/3.40.pdf,
acessado em 12 de maio de 2017.
CARVALHO.
Leandro. História em quadrinhos como
incentivo à leitura. Disponível em http://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/historia-quadrinhos-como-incentivo-leitura.htm,
acessado em 12 de maio de 2017.
CORSINI.
Rodinei. Gibis na alfabetização. Disponível
em: http://www.revistaeducacao.com.br/gibis-na-alfabetizacao/,
acessado em 12 de maio de 2017.
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