domingo, 31 de março de 2019





OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM

Compreendendo a ludicidade como uma necessidade do ser humano em qualquer idade. No decorrer do estágio, organizou-se o projeto com diferentes jogos e brincadeiras que pudessem contribuir para o processo de ensino aprendizagem.
Somando-se a essa necessidade, consultou-se diferentes documentos e legislação que pudessem dar um embasamento teórico ao trabalho desenvolvido na escola. Como o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil-RCNEI (BRASIL, 1998, p. 23) “Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal [...]”.
Acredita-se que na alfabetização, o educar não se limita em passar informações ou mostrar apenas um caminho, mas sim, propiciar aos alunos, diferentes instrumentos para que eles possam encontrar um caminho para aprender.
A construção dos jogos e brinquedos foi desenvolvida de forma coletiva, buscando a interação e o desenvolvimento das crianças. Segundo ISCHKANIAN (2013, p.05):

A introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino aprendizagem. O lúdico enquanto recurso pedagógico na aprendizagem deve ser encarado de forma séria, competente e responsável. Os jogos, as brincadeiras e os brinquedos, quando usado de maneira correta, poderão oportunizar ao educador e ao educando, importantes momentos de aprendizagem em múltiplos aspectos.

Evidenciou-se no estágio, que os alunos se mostraram motivados no decorrer das atividades que envolviam jogos e brincadeiras. Tanto jogando, brincando, como também colaborando para que os outros colegas compreendessem as regras do jogo ou das brincadeiras. Foram desenvolvidos jogos de quebra-cabeça, caça-palavras, com fantoches e máscaras, danças, entre outras atividades.




Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/Secretaria de Educação Básica-Brasília: MEC, SEB, 2010.
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. O Significado do Jogo, Brincadeira e do Brinquedo no Desenvolvimento e Formação da criança na Educação Infantil. (2013) Disponível em: Acesso em: 12 de dezembro de 2016.



AVALIAÇÃO NO DECORRER DO ESTÁGIO

Tratar sobre avaliação se torna uma tarefa bastante complexa se o professor não tiver os seus critérios definidos a priori, ou seja, antes das atividades práticas que pretende realizar com os alunos.
 Nesse sentido, antes da aplicação das atividades do projeto de estágio, busquei definir de que forma os alunos seriam avaliados. Através de leituras e anotações, organizei os critérios. Entre eles cito: teste de nível, a participação do aluno, a cooperação e a colaboração para o desenvolvimento das atividades.
Considerando o primeiro critério, ao observar a não participação do aluno, buscava uma maior aproximação a partir do diálogo, para compreender o porquê do não envolvimento. Por acreditar em uma educação mais humanizada, creio que o diálogo e o carinho com os alunos que não se envolvem nas propostas pedagógicas, contribuem para motivá-los no decorrer das aulas.
Além da visão mais humanizada da educação, isso também na questão da avaliação. Cabe mencionar a abordagem qualitativa ao processo avaliativo, ou seja, não há como medir, somar ou dividir notas, sendo que a aprendizagem dos alunos é uma constante.
Somando-se a isso, cada aluno possui o seu tempo e seu desenvolvimento. Conhecendo o aluno, o professor pode trazer para todos novos conhecimentos e direcionar os projetos de forma a oportunizar diferentes tarefas, tais como: jogos, colagens, leitura, teatro, leitura e escrita.
Com o planejamento das aulas, as tarefas são organizadas, e a avaliação pode ser contínua e diária. Ainda, podem-se considerar as múltiplas inteligências, um aluno pode se destacar na música, outro na leitura e comunicação. Assim, cabe ao professor conhecer os seus alunos, inventando e reinventando as atividades para encantá-los e, consequentemente, avaliá-los, pois a avaliação faz parte do processo de aprendizagem, e também, pode ser reinventada diariamente.



Estágio


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Discorrer sobre a alfabetização e letramento requer que se compreenda a diferenciação existente nesses dois processos. Enquanto aquela objetiva desenvolver a habilidade de ler e escrever. O letramento desenvolve o uso competente da leitura e da escrita como práticas sociais.
Compreende-se que o aluno alfabetizado sabe codificar e decodificar o sistema de escrita. No entanto, indo além, o aluno letrado é capaz de dominar a linguagem no seu cotidiano, nos mais diferentes contextos.
No decorrer do estágio, as atividades proporcionaram trabalhar os dois processos. Através dos jogos com letras houve o reforço no reconhecimento dessas, assim como, os alunos montaram os nomes dos animais relacionando-os com as figuras correspondentes a esses. As atividades com os números contribuíram para que os alunos os reconhecessem e associassem a contagem de objetos.
Tratando-se do letramento, inúmeras atividades contribuíram para que os alunos interagissem entre eles e conversassem sobre os temas apresentados, tais como: sobre a importância dos animais, atitudes a serem tomadas para preservar o meio ambiente, bem como o reconhecimento do habitat, da alimentação, do cuidado que se deve ter com os animais domésticos, assim como eles conheceram, embora por figuras animais em extinção. Outro momento que proporcionou atividades de letramento corresponde à hora do conto e leitura para os colegas. Destaca-se que após cada leitura, os alunos deveriam comentar sobre o que entenderam sobre o livro, apresentando a sua interpretação.
Há de se mencionar que o trabalho do professor é orientar a criança para que ela aprenda a ler e escrever convivendo com práticas reais de leitura e escrita. Para Freire (2001), aprender a ler e a escrever é aprender a ler o mundo. Assim, não se podem dissociar esses dois processos, eles se interdependem, Uma pessoa pode ser alfabetizada e não letrada ou vive-versa. Cabe aos docentes criarem condições para que os contextos onde se desenvolvem as atividades estejam de acordo com a realidade do aluno, proporcionando que ele possa ler o mundo em sua volta, interaja socialmente e construa caminhos para se desenvolver como sujeito de sua própria história.

sexta-feira, 29 de março de 2019



                     Relembrando a Interdisciplina de Corporeidade

        O Primeiro texto do meu blog que revisitei foi o intitulado “Reflexão sobre a Corporeidade que nos cerca e que nos habita”, que abordou importantes reflexões a partir da leitura realizada “Corporeidade: Uma Complexa Trama Transdisciplinar”.O texto nos faz parar para pensar em relação a ideia de que corpo e mente são dependentes um do outro, são um só conjunto e devem desenvolver-se gradativamente, lado a lado, complementando-se uma a outra, fazendo com que a aprendizagem aconteça por completo, de forma integral e não fragmentada, como ainda é realizada em muitas escolas da sociedade atual.

        Pensando na ideia principal, devemos trabalhar com o nosso aluno de maneira integral, envolvendo o corpo e a mente, já que os mesmos estão continuamente interligados pelos processos contidos em nosso organismo, é necessária e válido que nos lembremos que o indivíduo se comunica com o outro e com o mundo que o cerca a partir de diferentes linguagens, de diferentes formas a partir do seu corpo.

        Portanto, o ensino-aprendizagem precisa ser pensado, compreendido, entendido como desenvolvimento de competências e habilidades que vão sendo aperfeiçoadas ao longo das vivencias.

       No meu estágio não foi diferente, pensei e planejei constantemente, atividades desafiadoras e que surpreende se os docentes, motivando os a participar e interagir com o grupo criando conexões entre os conhecimentos adquiridos e utilizados nos momentos significativos de aprendizagens. Fiz uso de atividades que envolvessem movimentos combinatórios tanto do corpo como da mente, já que são um só, ofertando situações reais de desenvolvimento da corporeidade dos alunos.

Segue o link da postagem no blog: https://kasandra280386.blogspot.com/2015/08/


Referências:






quinta-feira, 28 de março de 2019





A FORMAÇÃO DO JOVEM LEITOR

Não se pode tratar de educação nas séries iniciais sem mencionar a formação dos jovens leitores, visto que, o ato de ler implica a interação. E essa se envolve diretamente com a aprendizagem, pois ao lerem, os alunos adentram ao mundo da imaginação, contam histórias para os colegas e se constroem historicamente com as trocas.
Filipouski e Marchi (2009, p.10-11) explicam que:

As atividades de leitura, desde as primeiras etapas escolares, visam ao desenvolvimento de competências que permitam compreender o texto como manifestação de um ponto de vista autoral, assumido a partir do contexto histórico. Pretendem também colocar o aluno em relação com o ponto de vista e o conjunto de valores expresso no texto.

Considerando esses aspectos citados, a leitura permite o desenvolvimento do aluno, construir-se historicamente, condiz com a interação com outras ideias e outros saberes. Fazer uma leitura individual ou em grupo e depois compartilhá-la com os colegas permite diferentes formas de aprendizagem.
No decorrer do estágio com a turma foi oportunizado diferentes momentos para a leitura. Os alunos fizeram leitura individual e em grupo, depois compartilhavam com os colegas. Também foi organizado a hora do conto, em que eles prestavam a atenção na história contada pela professora, depois faziam perguntas sobre o tema do livro.
Além, a fim de fazer uma abordagem interdisciplinar, os alunos fizeram desenhos das histórias, cartazes, máscaras e brincadeiras.
Durante o estágio os alunos do 1° ano também desfrutaram de um período semanal dedicado a leitura. A professora planejava e oferecia diferentes situações que envolvessem leitura, familiarizando os com a prática e fomentando o gosto deles pela mesma. Os benefícios foram notáveis, pois os alunos enriqueceram o seu vocabulário, bem como a leitura e escrita, no processo de alfabetização e letramento.
Entre as atividades realizadas pelos alunos nesse período destinado a leitura estavam a hora do conto, dramatização, brincadeiras, curiosidades, músicas, registros etc. Todas essas atividades foram realizadas pelos alunos, desenvolvendo autonomia e o trabalho em equipe, tornando os cada vez mais pro ativos no ensino aprendizagem

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro; MARCHI, Diana Maria. A formação do jovem leitor: temas e gêneros da Literatura. Erechim, RS: Edelbra, 2009

segunda-feira, 25 de março de 2019


A CULTURA DA PAZ E DA SOLIDARIEDADE COMBATENDO O BULLYING

É notório que os professores e equipe diretiva tem como objetivo cultuar a paz e o respeito à diversidade dentro das instituições escolares. Diante de tantos acontecimentos recentes que retratam a violência nas escolas, há a necessidade de se criar um ambiente de paz e solidariedade entre os alunos a fim de combater o bullying.
Primeiramente, cabe mencionar a definição de bullying, que consiste em uma forma de agressão praticada por um ou mais estudantes contra outro(s), de maneira intencional e repetidamente. Esses episódios ocorrem sem motivação evidente, causando dor e angústia em que sofre esse tipo de ataque. Também, pode ser definido a partir de uma relação desigual de poder, em que um aluno subjuga outro considerando-o mais fraco.
Segundo uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o Brasil é o quarto país no mundo com maior prática do bullying. Segundo dados da pesquisa, 43% dos estudantes entre 11 e 12 anos relataram terem sido vítimas de violência física e psicológica.
Neste sentido, não apenas os professores e equipe diretiva, mas também toda a comunidades escolar, devem criar um ambiente onde esse problema possa ser discutido e enfim, exterminado do ambiente escolar.
Os professores necessitam reorganizar seus conteúdos, e trabalhar valores, desenvolver atividades que possam valorizar a coletividade, o espírito de solidariedade entre os alunos.
Portanto, os educadores não podem se calar diante das evidências de bullying, buscar o apoio dos pais para que este problema seja corrigido, o respeito a diversidade e as diferenças contribuem para a compreensão de que todos precisam colaborar para que a escola seja um local de desenvolvimento da aprendizagem, da criação de novos valores e da cultura da paz.



Sobre o Estágio





EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS

O projeto desenvolvido no decorrer do estágio surgiu a partir da necessidade de acrescentar novas vivências sociais, possibilitando a construção de conhecimento sobre os animais, seu habitat, suas características peculiares e coletivas, alimentação, locomoção, reprodução, etc. Uma gama de especificidades que traz conhecimentos pertinentes ao mundo atual.
Diante de inúmeros acontecimentos que vêm destruindo o meio ambiente, a fauna e a flora, tratar sobre os animais e cuidado que devemos ter com eles, torna-se essencial. Além disso, se tratarmos desse assunto com alunos das séries inicias, sensibilizando-os desde a mais tenra idade. Na idade adulta, acredita-se que haverá mais chances de uma conscientização maior.
Nesse sentido, objetivo geral do projeto foi reconhecer a importância dos animais e suas interdependências a outras espécies, como princípio fundamental de cuidado e respeito com o meio ambiente.
Compreende-se que a educação ambiental é uma das peças chave para a aquisição de valores e de uma nova visão de mundo, pautada na reflexão ambiental e valorização do ser em sua subjetividade e coletividade (TELES e OLIVEIRA, 2015).
No decorrer das atividades buscou-se fazer um trabalho interdisciplinar, com conteúdo que os fizessem refletir sobre o que é a natureza?, por que ela é importante para todos nós? Assim como, o que são seres vivos e não-vivos?
Na espontaneidade, os alunos começaram a interagir e pensar sobre esses temas. Além disso, eles jogaram um quebra-cabeça sobre os animais, o que possibilitou a eles o reconhecimento de letras e palavras.
Portanto, acredita-se que a consciência ambiental deve ser despertada desde a infância, os professores devem participar como mediadores do conhecimento e proporcionar a eles o crescimento a partir da interação com os outros colegas.



           









Reflexão




CRESCIMENTO PROFISSIONAL RELACIONANDO A TEORIA E A PRÁTICA

A partir da leitura de diferentes autores no decorrer da graduação em Pedagogia, percebi o quão importante se tornam no momento da prática em sala de aula. Na observação do desenvolvimento das atividades, percebi “ingredientes” especiais como a colaboração e cooperação entre os alunos, que reforçam a aprendizagem no sentido de que os alunos se concentram para a chegarem a um objetivo, desde os mais “simples”, como a elaboração de um cartaz, como na compreensão das etapas de um jogo matemático.
Considerando as atividades desenvolvidas pelos alunos, que cooperaram para o êxito da execução das propostas, verifica-se, a partir de Piaget (1998), que os métodos de trabalho em grupo e de self-government são modalidades que destacam a relevância da interação social como fator de desenvolvimento cognitivo. Assim, a aprendizagem ativa implica trabalho em grupo, que ocorre pela livre colaboração entre os estudantes. Isso se denomina cooperação (PIAGET, 1998).
Observou-se durante o estágio, que a interação entre os alunos mostrou-se essencial para que as atividades fossem desenvolvidas de forma satisfatória. Para Primo (2007, p,7) a interação social é “uma construção coletiva, inventada pelos interagentes durante o processo que não pode ser manipulada unilateralmente nem pré-determinada”.
Compreendendo que a maior parte das atividades foram realizadas em grupos ou duplas, como jogos, desenhos, colagens, dança, etc. A colaboração esteve sempre presente para que conseguissem chegar ao objetivo comum.
Portanto, como professora, compreendo que as teorias estudas contribuem para a construção de um novo olhar do profissional. Buscando a partir do planejamento da aula, propiciar atividades que possam ser realizadas em grupo, com colaboração, cooperação e motivação.







TEORIA DE WALLON

A teoria de Wallon baseia-se na ideia de que o desenvolvimento da criança está atrelado ao emocional e ela se desenvolve gradualmente. Os estudos do autor percebem a criança de forma contextualizada, considerando o ambiente e as trocas, a interação que essa mantém com as outras pessoas.
Nota-se que as trocas são essenciais para o desenvolvimento da pessoa, sendo que até os três anos de idade, a criança está imersa em um mundo cultural simbólico, e permanecerão envolvidas em um “sincretismo subjetivo”, como comenta Galvão (2000), sobre a teoria em estudo.
O primeiro sistema de comunicação expressiva do ser humano são as suas próprias emoções, sendo que esses processos comunicativo-expressivos ocorrem a partir da imitação. Com o passar do tempo, ocorre de forma lenta e gradual o desdobramento da capacidade de construir, isso se relacionando com outro, constrói-se a própria diferenciação, formando assim, a subjetividade.
Na teoria de Wallon há estágios de desenvolvimento, entretanto, diferencia-se de Piaget pelo fato de não acreditar que a criança se desenvolve de forma linear. O desenvolvimento ocorre por meio de crise. O autor acrescenta que não há crescimento sem conflitos. Em cada estágio há diferentes emoções, ou seja, o desenvolvimento é permeado por conflitos e a interação que são específicos em cada etapa.
Ressalta-se ainda, que a teoria Walloniana de desenvolvimento infantil propicia uma compreensão sobre as condutas individuais, sendo fonte de estudos para as escolas, visto que aponta a importância do papel do docente na formação do ser humano. A participação do docente permeia diferentes preocupações, sejam elas na busca de uma sociedade mais democrática, justa e solidária. A partir das atividades desenvolvidas pelo professor, ocorre a valorização do trabalho em equipe e a cooperação, tão importantes para o desenvolvimento de múltiplas inteligências.
O quadro a seguir destaca as fases da teoria desenvolvida por Wallon, importante mencionar que não há uma faixa etária limítrofe em cada uma delas, o estudioso acreditava no desenvolvimento dialético e interacionista.
Estágios da teoria de Wallon
ESTÁGIO IMPULSIVO-EMOCIONAL
Do nascimento aproximadamente até um ano de vida. Estágio predominantemente afetivo, a criança está imersa no mundo.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO
Três meses de idade até três anos de vida. A inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos. Imitação e apropriação da linguagem.
ESTÁGIO DO PERSONALISMO
Dos três anos até os seis anos de idade. Formação da personalidade e da autoconsciência.
ESTÁGIO CATEGORIAL
Há a exaltação da inteligência sobre as emoções.
ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA
Inicia-se por volta dos onze a doze anos. Ocorrem transformações físicas e psicológicas. A autoafirmação e o desenvolvimento sexual marcam essa etapa.


Importante dizer que o processo de aprendizagem sempre implica na passagem de um estágio para outro. O autor não especificou o final de cada um, porque não acreditava no final de cada um. Sendo assim, conforme a teoria de Wallon é o fato da aprendizagem não ocorrer de forma linear. É marcada por avanços, recuos e contradições, não há uma sucessão de estágios, mas sim, de desenvolvimentos que ocorrem de forma simultânea.

sábado, 23 de março de 2019

Geração High Tech


Geração High Tech

Na contemporaneidade, observa-se que as crianças e os adolescentes fazem uso de diferentes tecnologias, smartphones, notebooks, tablets, entre outros, ou seja, são uma geração que já nasceram em um período em que o acesso as redes sociais, por exemplo, é bastante natural para eles.
Segundo o Centro de Regional de Estudos (Cetic.br), de oito em cada dez crianças e adolescentes tem acesso à internet no Brasil. Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2017, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGl.br), 85% das pessoas entre 9 e 17 anos podem acessar a rede, número que era de 82% em 2016. O meio de acesso utilizado foram os dispositivos móveis, 93%, valor que era de apenas 21% há cinco anos, o que mostra a popularização desses dispositivos.
Nesse sentido, ao chegarem à escola, deparam-se com uma realidade bem diferente, o ensino ainda encontra-se arraigado a um modelo tradicional, com o professor sendo o único a transmitir o conhecimento, a fonte do saber.
Dessa forma, com o acesso às novas tecnologias, percebe-se que há necessidade do professor adequar-se aos novos tempos. Não se trata de desmerecer o trabalho desse profissional, pois ele sempre será peça fundamental no ambiente escolar, mas se trata de utilizar novas tecnologias em seu planejamento, para que assim, possa se aproximar mais dos estudantes, organizar projetos de pesquisas e direcionar seus alunos no caminho do conhecimento.
De acordo com Karnal, as redes sociais, tão utilizadas ultimamente, causaram um impacto na vida das pessoas. Mais ainda, essa geração de adolescentes nasceu na era digital e utiliza diferentes equipamentos com maestria, e por mais que teimemos em acreditar que eles não se comunicam, as crianças e os adolescentes se comunicam muito entre eles, seja com aqueles que estão por perto, quanto com pessoas de longe, de outros países.
Sendo assim, nota-se que o papel do professor também vem se transformando, passando a ser mediador do conhecimento. Há de se mencionar ainda, o papel das instituições escolares, que devem proporcionar formação continuada aos docentes para que assim, possam acompanhar essa geração high tech, proporcionando-lhes alternativas adequadas para a utilização das novas tecnologias voltadas para a educação.

Referências
AUTRAN, Felipe. Oito em cada dez crianças e adolescentes tem acesso à internet, 2018. Disponível em: www.tecmundo.com.br Acesso em: 02 de fev. de 2019.

Vídeo: Leandro Karnal no Ponto a Ponto. O impacto das redes sociais na vida das pessoas. Site: htpps: //www. youtube.com/watch?time-continue=2&crlhoz7IVeY

Inclusão Escolar no Brasil




Inclusão Escolar no Brasil
A inclusão é um movimento que ocorre não apenas no Brasil, mas no mundo todo, diz respeito à luta das pessoas com deficiência e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade.
Em nosso país, a Lei nº 13.146, de 6 julho de 2015, em seu capítulo IV trata sobre o direito à educação, como se observa no artigo 27:

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo da vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

A partir do art.27, inicia-se a presente reflexão, quem é responsável pelo atendimento desse público na escola? Como é feita a inclusão? As pessoas com deficiência e seus familiares estão sendo atendidas de forma adequada nas instituições escolares?
Também com respaldo na Lei nº 13.146, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é previsto, ou seja, as pessoas com deficiência devem ser incluídas no ensino regular juntamente com os demais colegas, recebendo atendimento especializado pelo AEE em seu turno inverso.
Além de garantir condições de acesso e permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras.
Entretanto, de acordo com dados do Censo Escolar da Educação Básica 2017, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), o índice de inclusão de pessoas com deficiência em classes regulares, o que é recomendado, passou de 85,5% em 2013 para 90,9% em 2017. Apesar dos números, a maior parte dos alunos com deficiência não tem acesso ao atendimento educacional especializado. Somente 40,1% conseguem utilizar o serviço.
Observa-se que lei contempla o direito das pessoas com deficiência. Todavia, a realidade das escolas ainda merece a atenção de toda a sociedade para que se adapte e receba os alunos com deficiência tal qual se assegura na legislação.
Tratando-se das adaptações nas escolas, há muito a se fazer a fim de que se diminuam as barreiras arquitetônicas e proporcionar o acesso adequado, ou seja, para que o aluno transite de forma satisfatória dentro dos espaços como banheiros, bibliotecas, refeitórios, entre outros. Segundo o Censo Escolar da Educação Básica 2017, somente 46,7% das instituições de ensino médio apresentam dependências adequadas para esse público. O banheiro adequado para pessoas com deficiência só existe em 62,2% dessas escolas.
Observando os dados divulgados, percebe-se que não basta comemorar o aumento do número de matrículas para esse público. Cabe avaliar de que forma os alunos com deficiência estão sendo acolhidos nas escolas, pois o que se vê é um inclusão falha em muitos pontos.
Portanto, cabe fiscalização por parte de toda a sociedade, para que assim, a inclusão das pessoas com deficiência proporcione o desenvolvimento integral do indivíduo, preparando-o para uma aprendizagem ao longo de sua existência.

Mitos sobre as pessoas com deficiência

 
Mitos sobre as pessoas com deficiência
Infelizmente, os preconceitos são criados a partir de mitos (histórias inventadas, mentiras) que são passadas oralmente pelas pessoas, que muitas vezes, não procuram informações adequadas, fontes confiáveis e simplesmente, criam “verdades” sobre determinados assuntos que se tornam comuns no imaginário popular.
Sobre os mitos relacionados às pessoas com deficiência não é diferente, porém, quando se procuram informações com especialistas, ou se começa a trabalhar com crianças e adolescentes que apresentam alguma deficiência. Percebe-se que muitas ideias que tínhamos sobre as características e comportamentos dessas pessoas não correspondem à realidade.
Assim, cabe mencionar alguns mitos que ainda perpetuam o imaginário de algumas pessoas. Primeiramente, grande parte das pessoas surdas apresenta os órgãos fono-articulatórios íntegros e tem todo o potencial para o desenvolvimento da fala, assim, não se pode dizer que todo o surdo é mudo.
Segundo, a questão da tendência à música por parte dos cegos não corresponde a uma verdade, o que se pode dizer é que esse grupo possui uma atenção diferenciada aos estímulos auditivos, pois a audição os auxilia na locomoção e localização, ajudando-os na noção de distância.
Outra questão bastante preocupante é acreditar que a toda a deficiência é fruto de herança genética. Em nosso país, muitas deficiências são causadas pela falta de saneamento básico que ocasiona infecções, falta de assistência pré-natal e atenção ao parto. Deve-se considerar ainda, a questão dos acidentes no trânsito e a violência alarmante por arma de fogo, que deixam muitas sequelas. Sendo assim chamadas deficiências adquiridas.
Por fim, há de se mencionar que a deficiência não é uma doença, muito menos contagiosa. O trabalho de desmistificação contribui para que as pessoas se desenvolvam e possam receber o carinho que merecem e terem a oportunidade de aprender ao longo da vida.



Portanto, acredita-se que a escola regular seja o local ideal para que as pessoas com deficiência possam desenvolver as suas habilidades e competências, incluí-las socialmente contribui para que todos possam conhecê-las e assim, desmistificar crenças arraigadas em nossa sociedade que não correspondem à verdade.