OBSERVAÇÕES
1º DIA: Neste primeiro dia de
observação, cheguei à escola 20 minutos antes do início da aula. Busquei um
lugar no fundo da sala para não atrapalhar o andamento, bem como não chamar
muita a atenção dos alunos.
A professora apresentou-me aos
alunos dizendo que eu estava visitando-os, foi bem tranquilo. No inicio da aula
estava tudo tranquilo, mas observei que a maioria dos alunos chegam atrasados,
pois veem direto do trabalho. A aula começou com atraso, das 18:40, a aula,
propriamente dia começou às 19:00. Os alunos mais novos são mais dispersos,
chegaram atrasados, o que chamou a atenção, de acordo com a professora, é que
esses são os que não trabalham, atrasam-se porque ficam conversando na frente
da escola.
2º DIA: O segundo dia foi mais
tranquilo, os alunos pareciam menos ansiosos ou curiosos com a minha “visita”,
mas observei novamente, a dificuldade de concentração dos alunos mais jovens,
sim, atrapalham a aula. O que gera um conflito de gerações, os alunos entre 25
a 35 falam que não compreendem o que o pessoal vem fazer na escola. Há um
início de discussão, mas a professora acalmou os ânimos e todos sentam em seus
lugares, tranquilamente. A professora retoma a aula, há uma maior concentração
e todos terminam as atividades.
3º DIA: Neste dia, conforme já
havia combinado com a professora, seria o dia das entrevistas. Ela pediu para
eu ir com os alunos para a biblioteca a fim de entrevistá-los com mais tranquilidade.
Em anexo seguem as entrevistas.
O que se percebeu durante as
observações, que realmente os professores têm dificuldade de adequar as suas
aulas em relação à faixa etária dos alunos. Até mesmo na forma como eles se
organizam, os mais maduros sempre mais a frente, e os adolescentes ficam mais
espalhados em sala de aula. Os conflitos são em relação ao conteúdo e as
atividades, os adolecentes demoram mais para começarem a escrever. Não todos,
mas uma boa parte, alguns ficam no celular.
Em relação aos motivos te
terem se matriculado na EJA, os três entrevistados responderam que o motivo foi
trabalho, precisam estudar à noite. Uma as alunas respondem que parou de
estudar há aos, mas está muito difícil de arrumar emprego, então ela retornou
para terminar o ensino fundamental.
Nesses três dias de observação
e conversa com os alunos percebeu-se que a escola apresenta a realidade das
pesquisas, alunos cada vez mais jovens na modalidade EJA, os fatores desse
número elevado de matrículas são por diferentes motivos, trabalho, indisciplina
no ensino regular até mesmo pelo fato de serem mais velhos, reprovação nos anos
anteriores, entre outros.
CONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo
fazer um relato de experiência sobre a EJA observou-se que o público dessa
modalidade vem modificando-se no decorrer dos anos.
Muitos alunos chegam a essa
modalidade com idade escolar, embora mais “velhos” que os outros, ainda
necessitam de uma atenção diferenciada, mesmo estudando no noturno. Ao adentrar
a EJA, há outros alunos de uma faixa etária maior, o que gera conflitos que são
amenizados pelos professores. Os adolescentes são mais agitados, gostam de
tecnologia, celulares, tablets, etc. Já há outros alunos relatam que estão ali
para estudar e não gostam dessa típica agitação juvenil.
Outro fato que foi observado
refere-se à formação dos professores da EJA, há uma necessidade de cursos de
aperfeiçoamento para que se possa desenvolver um trabalho de qualidade, pois
essa modalidade não pode ser deixada em segundo plano, nem pelo governo, nem
pelos diretores, muito menos pela sociedade. Torna-se necessário uma maior
valorização para que assim todos se sintam acolhidos nesse retorno aos bancos
escolares.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Lei nº 9.394/96. Diário oficial da União. 20/12/1996
FREIRE, Paulo. Pedagogia da
autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 53º ed – Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2016. 148 p.
LARIEIRA, Letícia. .30% dos
alunos da Educação de Jovens e Adultos têm entre 15 a 19 anos. 2015. Disponível
em: http://www.ebc.com.br
Acesso em: 08.06.2018.
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