quarta-feira, 26 de junho de 2019

Aplicando os conteúdos da Interdisciplina de Matemática


Plano De Aula - Tangram

Atividades para turma de 5° Ano
Construção

 O Tangram pode ser construído com  diversos materiais, mas utilizaremos o papel cartaz, então o professor pedirá  que os alunos levem para a próxima aula:

*Papel cartaz
*Régua
*Lápis preto
*Borracha

1)Passo a passo de como funciona a construção do Tangram:

1º passo: Recorte o EVA ou o papel cartaz em forma de um quadrado:


2º Passo: Trace um segmento de reta que vai do vértice b ao vértice h, dividindo o quadrado em dois triângulos iguais.

3º Passo: Para encontrar o ponto médio do segmento de reta BH, pegue o vértice A e dobre até o segmento BH o ponto de encontro do vértice A e do segmento BH será o ponto médio de BH.

 Agora trace um segmento de reta que vai do vértice A ao ponto D, formando três triângulos.

4º passo: Dobre o vértice J até o ponto D assim formando dois pontos, um no segmento BJ e outro no segmento HJ. Agora trace um segmento de reta do ponto E ao ponto I.

5º Passo: Trace uma reta perpendicular do ponto D ao segmento EI.

6º Passo: Trace dois segmentos de reta paralelos ao segmento DG e outro ao lado AH.

Assim, dizemos que um Tangram possui dois triângulos grandes, três triângulos menores, um paralelogramo e um quadrado. 


Recorte todas essas figuras geométricas e terá as sete peças do Tangram.

 2)Após a construção do Tangram com a turma, questionarei sobre o que eles acham que são as peças formadas.

3)Levarei os alunos até a Sala digital para pesquisar sobre o jogo (origem, peças, utilização, etc.).

4)Em seguida, os alunos compartilharão com a turma as suas descobertas, registrando no quadro os itens com a dinâmica Explosão de ideias” ( registro no caderno)

5)Os alunos terão um tempo pré-estabelecido para brincarem com o jogo livremente. Questionarei os mesmos, sobre o nome das figuras que juntas formam o Tangram.

6)Na Sala Digital laboratório os alunos entrarão no site: Jogar Tangram Online. (http://nlvm.usu.edu/en/nav/frames_asid_291_g_4_t_3.html).
Darei  um tempo para que eles se familiarizem com o programa. Passarei algumas instruções, de como eles poderão girar as formas colocando o mouse nos cantos das figuras onde aparecerá um ponto no qual, segurando com o mouse, pode-se girar a forma. Para rotacionar a forma devem selecioná-la e clicar no primeiro botão do lado direito . Além disso, eles poderão colorir as formas como quiserem, para isso, basta selecionar uma forma e a cor desejada no menu do lado direito.
Após conhecerem o programa, pedirei para que eles identifiquem as formas geométricas nomeando-as verbalmente. A seguir pedirei para que as agrupe de acordo com as mesmas características. Provavelmente eles irão fazer dois grupos um de triângulos e outro de quadrilátero, ou três um com triângulos, um com o quadrado e outro com o paralelogramo. Questionarei quais os critérios utilizados para a classificação. No caso dos dois grupos, é bem provável que a classificação tenha sido pelo número de lados. Já se fizeram três grupos eles podem ter usado os nomes, triângulos, quadrado e paralelogramo, para classificar. Se as duas classificações aparecerem, perguntarei se existe alguma semelhança e/ou diferença nas classificações e qual delas seria a mais adequada para usar na classificação das figuras geométricas usando a nomenclatura pelo número de lados (triângulo e quadrilátero).
Eles deverão compreender que o paralelogramo é um quadrilátero assim como o quadrado. Aproveitarei esse momento para mostrar as características dos triângulos e dos quadriláteros. A seguir colocarei os seguintes problemas:
#“Com quais peças podemos cobrir o quadrado?”
# “Com quais peças podemos cobrir o triângulo maior?”
# “E o paralelogramo?”
 # “Usando apenas o triângulo menor, quantos são necessários para cobrir o quadrado, o triângulo médio, o triângulo maior e o paralelogramo?”
Desafiarei -os a montar o quadrado inicial da história que pesquisaram, para isso, eles poderão usar um modelo que se encontra no menu no inferior da página. Depois deixe que selecionem algumas figuras modelos que são dadas no programa e tentem completá-la com as peças do Tangram.

7)Na sala de aula, pedirei que montem um quadrado, utilizando as peças embaralhadas do Tangram.

8)Em grupo os alunos montaram figuras com as peças, em seguida deverão montar um texto utilizando as figuras formadas. Ou seja, os alunos criam um pequeno texto e algumas palavras do mesmo sãosubstituídas por figuras montadas por eles com o tangram: 


Proponha a produção de uma história coletiva com figuras montadas com as peças do Tangram. 
Na produção dessa história, as crianças devem pensar nos personagens, o lugar onde acontecem as situações, as ações dos personagens. Lembre as crianças que a história deve ter uma sequência lógica. As crianças sugerem ações que se passam no início da história, os conflitos enfrentados pelos personagens e a solução final, ou seja, como termina a história. Veja o exemplo de uma atividade:

Referências
https://pedagogiaaopedaletra.com/tangram/, visita no dia 26/06/2019.

















Alfabetizar letrando

       Porque alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los ,ao mesmo tempo que é importante também aproxima-los: a distinção se faz necessária por que a introdução, o campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária por que não  só o processo de alfabetização, embora distinto e especifico, altera-se e reconfigura se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele. (SOARES, 2003, p.90 apud COLELLO, 2004).

        O processo de letramento inicia-se quando a criança nasce em uma sociedade grafo Centrica, começando a letrar – se a partir do momento em que convive com pessoas que fazem uso da língua escrita, e que vive em ambiente rodeado de material escrito. Assim ela vai conhecendo e reconhecendo práticas da leitura e da escrita. Já o processo da alfabetização inicia-se quando a criança chega à escola.  Cabe à educação formal orientar esse processo metodicamente, mas, segundo Peixoto

(et al, 2004), não basta apenas o saber ler e escrever, necessário é saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz, pois: enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de uma sociedade. (TFOUNI, 1995, p. 20 apud COLELLO, 2004)

     Depois que iniciaram-se os estudos do letramento, o conceito de alfabetização foi reduzido à mera decodificação, ao simples ensinar a ler e escrever. Não devemos desmerecer a árdua tarefa, a importância de ensinar a ler e a escrever, pois a aquisição do sistema alfabético se faz necessária para o indivíduo entrar no mundo da leitura e da escrita.

            Na realidade, alfabetização e letramento, esses dois processos, caminham juntos, ou melhor o processo de letramento, como vimos, antecede a alfabetização, permeia todo o processo de alfabetização e continua a existir quando já estamos alfabetizados. Segundo Soares (2000) deve-se alfabetizar letrando: Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita: substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos.








Esclarecendo: O que é letramento?

    Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive. (SOARES, 2000). Portanto, letramento é obter informações através de leituras de diferentes gêneros textuais, buscando da informação, buscar a leitura para seguir certas instruções, usar a escrita para se orientar no mundo, descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita. Por fim,   letramento é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.

   O indivíduo torna-se usuário da leitura e da escrita na vida social. Neste sentido, letrado é alguém que se apropriou suficientemente da escrita e da leitura a ponto de usá-las com desenvoltura, com propriedade, para dar conta das situações sociais e profissionais.

            Como as sociedades no mundo todo, tornam-se cada vez mais centradas na escrita, e com o Brasil não poderia ser diferente. E como ser alfabetizado, ou seja, saber ler e escrever, é insuficiente para viver plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade atual, é preciso letrar - se, ou seja, tornar-se um indivíduo que não só saiba ler e escrever, mas exercer as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive ( SOARES, 2000).          

        Ao realizar atividades que os alunos manipulam rótulos e alguns textos diversificados, conseguimos perceber realmente a diferença do aluno letrado para o aluno alfabetizado. O aluno letrado leva em consideração atributos além da codificação e decodificação dos símbolos do sistema de escrita, considera desenhos, formatos e significados oriundos da vida social na qual esses itens estão inseridos.


          Letramento






Uma reflexão sobre a Alfabetização e o Letramento


Todos sabemos que uma das maiores riquezas de um país é a Educação de seu povo e uma boa educação (formal) inicia –se na escola quando a criança começa seus estudos nos anos iniciais, início da sua alfabetização e muitas vezes do letramento. Porém, em algumas escolas o processo de alfabetização letramento vem apresentando resultados negativos, uma grande defasagem de ensino, prejudicando os alunos que acabam por saírem do ensino fundamental I prejudicados consideravelmente.

A realidade, ela nos mostra que muitas escolas brasileiras, acabam por formar alunos que mal sabem ler e escrever, não conseguem muitas vezes ler, escrever e interpretar pequenos textos. Demonstram despreparo ao terem que lidar com a escrita e a leitura.

Cabe a nós professores, refletirmos sobre essa situação inaceitável, procurando realizar em nossas turmas de alfabetização e letramento, ações eficazes que proporcionam uma aprendizagem significativa, partindo sempre dos interesses dos nossos alunos, levando em consideração seus conhecimentos adquiridos até essa etapa, que é o início da educação formal, fase importantíssima, que será a base de todo processo de desenvolvimento educacional deste aluno.

Sabemos Todos, que muito da culpa da situação que vivemos hoje recaí sobre o Sistema, esse que não valoriza e nem dá a devida importância a educação de seu povo, mas fizemos nós a nossa parte, à espera de que eles acordem e façam a sua em tempo.

     Tenhamos consciência que um aluno alfabetizado e letrado de forma crítica ultrapassará limites e alcançará o inacreditável, mudando assim o inaceitável.

segunda-feira, 24 de junho de 2019


Os Parâmetros Curriculares:  Alfabetização X Ludicidade




    Pensando a partir do marco regulatório legal que é Os Parâmetros Curriculares, destaco “ que para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita representa e como ela representa graficamente a linguagem ” (BRASIL, 1997, p. 82). Entendemos a partir disto, que se faz necessário proporcionar aos alunos momentos em que eles possam refletir sobre a escrita, levantando hipóteses e apropriando-se dos códigos.

         Os parâmetros curriculares também nos alertam para importância do ato de o aluno tentar ler, mesmo que essa habilidade ainda não esteja concreta, pois tentando o mesmo dispõem da possibilidade de conseguir. É necessário que os alunos manuseiem diversos materiais que expressem de diferentes formas algo ao leitor, permitindo que o mesmo interprete essas informações sendo elas desenhos, textos, canções, rótulos, etc. Tudo que faz parte do cotidiano do aluno, o ajudara na codificação do sistema de escrita.

                  Compreendi através das leituras realizadas que devemos respeitar o tempo de aprendiz agem de cada criança, bem como a relação da educação com o ato de brincar, considerando nesta caminhada o desenvolvimento contínuo dos alunos no processo de alfabetização. Pois o espaço do brincar é fundamental nessa etapa e deve estar presente na sala de aula, bem como no planejamento dos professores. Favorecendo assim, a apropriação da leitura e da escrita, que acontecerá em um ambiente rodeado pela motivação e entusiasmo, que os alunos demonstraram ao participarem de cada situação de aprendizagem proporcionada.

          Tratando especificamente da minha turma de primeiro ano do ensino fundamental I, posso destacar que os alunos ao brincarem com jogos de montar, memória, quebra – cabeça, desenhar, desperta nos mesmos momentos satisfatórios de desafios e competitividade. Levando em consideração esses aspectos positivos o professor pode aliar seus objetivos pedagógicos aos interesses dos alunos por meio das brincadeiras e jogos, utilizando os diariamente, proporcionando um ambiente agradável na sala de aula, de modo que o lúdico esteja alinhado com o processo de alfabetização e letramento, resultando em uma aprendizagem significativa.

                 Desta forma, constatei que proporcionar aos alunos diversas situações que envolvam a escrita e a leitura de forma dinâmica e diferenciada por meio dos jogos e brincadeiras alavanca a aprendizagem dos alunos consideravelmente, de forma prazerosa e motivada.

domingo, 23 de junho de 2019




Sociedade Letrada/ Sujeito Letrado

 Letrado poderia ser, então, o sujeito – criança ou adulto- que, independentemente de (já) ter ido à escola e de ter aprendido a ler e escrever ( ter sido alfabetizado?), usasse ou compreendesse certas estratégias próprias de uma cultura letrada. ( KLEIMAN, 1995, p. 19, apud MELLO; RIBEIRO, 2004, p.26).

Para um sujeito ser considerado letrado não é necessário que tenha frequentado a escola ou que saiba ler e escrever, basta que o mesmo exercite a leitura de mundo  no cotidiano, sendo um cidadão participe de sua comunidade, atuando em associações, clubes, instituições, igreja, entre outros. Quem é letrado “[...]utiliza a escrita para escrever uma carta através de um outro indivíduo alfabetizado, um escriba, mas é necessário enfatizar que é o próprio analfabeto eu dita o seu texto, logo ele lança mão de todos os recursos necessários da língua para se comunicar[...](SOARES, 2003, p.43 apud PEIXOTO et al, 2004).

O sujeito analfabeto não compreende a decodificação dos signos, mas possui um determinado grau de letramento pela prática de vida que tem em uma sociedade grafo Centrica, ele é letrado, porém não com plenitude. Uma criança que mesmo antes de estar em contato com a escolarização, e que não sabia ainda ler e escrever, porém, tem contato  com livros, revistas, ouve histórias lidas por pessoas alfabetizadas, presencia a prática de leitura, ou da escrita, e a partir daí também se interessa por ler, mesmo que seja só encenação, criando seus próprios textos “lidos”, ela também pode ser considerada letrada. (SOARES, 2003, p.43 apud PEIXOTO et al, 2004).

Como Soares nos relata, este é um outro grau de letramento, e há ainda aquele indivíduo que, mesmo tendo escolarização ou sendo alfabetizado, possui um grau de letramento muito baixo, ou seja, é capaz de ler e escrever, mas tem dificuldades ao fazer o uso adequado da leitura e da escrita, não possuindo habilidade para essas práticas, não sendo capaz de compreender e interpretar o que se lê assim como não consegue escrever cartas ou bilhetes. Por este indivíduo ser alfabetizado, mas não dominar as práticas sociais da leitura e da escrita, considera-se um sujeito iletrado. No entanto, em uma sociedade grafo Centrica, acredita-se que não há sujeito com grau “zero de letramento”, ou seja, sujeito iletrado, pois os tipos e os níveis de letramento estão ligados às necessidades e exigências de uma sociedade e de cada indivíduo no seu meio social.

sexta-feira, 21 de junho de 2019



O Papel do educador no letramento

O educador que se dispõe a exercer o papel de "professor-letrador" considera que: [...] o ato de educar não é uma doação de conhecimento do professor aos educandos, nem transmissão de ideias, mesmo que estas sejam consideradas muito boas. Ao contrário, é uma contribuição "no processo de humanização". Processo este de fundamental papel no exercício de educador que acredita na construção de saberes e de conhecimentos para o desenvolvimento humano, e que para isso se torna um instrumento de cooperação para o crescimento dos seus educandos, levando-os a criar seus próprios conceitos e conhecimento. (FREIRE, 1990 apud PEIXOTO et al, 2004).

Mas se faz necessário que o educador, principalmente o que já se encontra há anos exercendo o papel de professor-alfabetizador e que confia plenamente na mera aquisição de decodificação, aceite romper paradigmas e acreditar que as transformações que ocorrem na sociedade contemporânea atingem todos os setores, assim como também a escola e os saberes do educador, pois métodos que aprenderam há décadas podem e devem ser aprimorados, atualizados ou até mesmo modificados. O conhecimento não pode manter-se estagnado, pois ele nunca se completa ou se finda.

Então, antes de o professor querer exercer esse papel de "professor-letrador" é necessário que ele se conscientize e busque ser letrado, domine a produção escrita, as ferramentas de busca de informação e seja um bom leitor e um bom produtor de textos. Mas para que se torne capaz de letrar seus alunos, é preciso que conheça o processo de letramento e que reconheça suas características e peculiaridades. E Soares (2000) pensa que: Os cursos de formação de professores, em qualquer área de conhecimento, deveriam centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto naquela área, e na formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de textos naquela área.

Percebemos que a ineficácia na formação dos professores reflete na formação de um sujeito que seja um bom leitor e produtor de textos. Atualmente, temos recursos a que o próprio educador pode recorrer para aprimorar seu conhecimento. Mas ainda não são todos os que têm essa coragem de reconhecer que precisa aprender e aprender sempre. O professor, hoje em dia, tem a oportunidade de estudar os Parâmetros Curriculares Nacionais e cito aqui, em especial, o de Língua Portuguesa que traz, em linguagem simples, o ensino da língua de forma contextualizada para auxiliá-lo em sua prática em sala de aula e em seu planejamento.

quarta-feira, 19 de junho de 2019




  Alfabetização na EJA

A taxa de alfabetização da população jovem e adulta é um dos principais sinalizadores do desenvolvimento social de um país. O Brasil carrega um atraso histórico que está se resolvendo em parte pelo avanço da escolarização das novas gerações e em parte pelo envelhecimento populacional.

A desigualdade social brasileira reflete-se nas estatísticas do analfabetismo adulto. As médias escondem índices elevados em alguns grupos, especialmente quando se consideram variáveis como situação de domicílio, raça e renda

Embora as taxas venham decaindo em todos os grupos, a porcentagem de analfabetismo da população branca ainda é menos da metade da verificada na população negra e parda. Da mesma forma, o analfabetismo é sete vezes mais frequente entre os brasileiros de renda mais baixa, em comparação com os de renda mais elevada, e mais de três vezes mais presente entre os que vivem no campo do que entre aqueles que vivem na cidade

Embora as taxas venham decaindo em todos os grupos, a porcentagem de analfabetismo da população branca ainda é menos da metade da verificada na população negra e parda. Da mesma forma, o analfabetismo é sete vezes mais frequente entre os brasileiros de renda mais baixa, em comparação com os de renda mais elevada, e mais de três vezes mais presente entre os que vivem no campo do que entre aqueles que vivem na cidade



           REFLITA!!!

segunda-feira, 17 de junho de 2019





 Vamos recordar!!!




Métodos de Alfabetização


O método de alfabetização é uma expressão que pode designar: um método específico, como o silábico, o fônico, o global; um livro didático de alfabetização proposto por algum autor; um conjunto de princípios teórico-procedimentais que organizam o trabalho pedagógico em torno da alfabetização, filiado ou não a uma vertente teórica explícita ou única; um conjunto de saberes práticos ou de princípios organizadores do processo de alfabetização, (ré)criados pelo professor em seu trabalho pedagógico. Portanto, a ação alfabetizadora, em qualquer instância, caracteriza-se pelo uso de um ou mais métodos para ensinar a ler e a escrever, combinados a formas de conceber os sujeitos, os objetos de ensino, a organização e progressão das aprendizagens, bem como o que se espera como resultado desse processo.

Métodos sintéticos são aqueles que seguem o caminho indutivo, das partes para o todo, e podem ser organizados de variadas formas a partir da eleição de um princípio ou unidade: a letra, a sílaba, o fonema, por exemplo. Todos esses privilegiam a memorização de sinais gráficos (letras) e de suas correspondências fonográficas (sons). Compreendem o método alfabético que toma como unidade a letra: o método fônico toma como unidade o fonema e o método silábico toma como unidade um segmento fonológico mais facilmente pronunciável, que é a sílaba. De maneira geral, a escolha por apenas um caminho para sistematização das relações fonema-grafema (a letra, o fonema ou a sílaba) é o que diferencia o tratamento em torno das correspondências fonográficas do sistema alfabético de escrita.

Métodos analíticos são aqueles que alternativamente seguem um caminho dedutivo, do todo para as partes, e procuram romper com o princípio da decifração. Esses métodos tomam como unidade de análise a palavra, a frase e o texto e, baseando-se no reconhecimento global como estratégia inicial, supõem que os aprendizes podem realizar posteriormente um processo de análise de unidades que, dependendo do método (global de contos, sentenciação ou palavração), vão do texto à frase, da frase à palavra, da palavra à sílaba. Embora não se possa atribuir os resultados da alfabetização unicamente à opção metodológica, certamente ela ocupa um lugar considerável nesse processo. Entretanto, as opções didáticas no processo de alfabetização extrapolam a escolha de um ou outro método, pautando-se pelo modo como se compreende o sujeito da aprendizagem e o objeto de ensino – a linguagem escrita e seus usos sociais. Nessa perspectiva, é possível superar polarizações, combinando métodos diversos em função dos diferentes momentos do processo de alfabetização. No que concerne aos sujeitos da aprendizagem, uma diretriz a ser cultivada é o reconhecimento dos saberes de que os educandos são portadores, e de seu papel ativo no processo de alfabetização. Quanto à natureza do objeto de ensino, sabe-se atualmente que a alfabetização envolve aprendizagens para além da decodificação, como os princípios de organização do sistema alfabético-ortográfico da escrita, incluindo o domínio das relações entre fonemas e grafemas, as regularidades e irregularidades ortográficas; de compreensão, reconhecimento global e construção de sentidos em contextos de usos sociais da escrita e da leitura; e de princípios pertinentes à progressão das aprendizagens e ritmos dos jovens e adultos, com ênfase em intervenções didáticas que propiciem avanços de aprendizagem.

As decisões sobre como conduzir o processo de alfabetização envolvem, portanto, um conjunto de procedimentos pertinentes à preparação do ambiente físico e social do centro educativo ou escola e das turmas de alfabetização, de planejamentos e de rotinas necessários à aprendizagem da leitura, escrita e de seus usos por pessoas jovens e adultas. Implica também a reavaliação da prática à luz das orientações teórico-metodológicas sugeridas pela produção acadêmica, a seleção de livros e materiais didáticos que apoiem de forma consistente o trabalho pedagógico; a formação permanente de alfabetizadores; o diagnóstico dos saberes e necessidades dos estudantes, bem como a análise dos processos de aprendizagem por eles vivenciados.

quarta-feira, 5 de junho de 2019




Brincar é coisa séria

"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
(Carlos Drummond de Andrade)

"Quando observamos as brincadeiras infantis, não duvidamos que, para as crianças, brincadeira é coisa séria. Por isso elas detestam ser interrompidas. Se isso acontece, reagem quase sempre ignorando a interrupção, às vezes irritadas ou até mesmo agressivas". (...)

Quando observamos crianças brincando numa praça, as primeiras impressões são de variedade e movimento. Umas correm, outras se balançam, conversam, disputam brinquedos, brincam em grupo ou individualmente. É comum vermos que a criança se sente desafiada pela habilidade com que a outra é capaz de subir no escorregador ou numa árvore. Observa a altura, a possibilidade de queda, e reflete se deve experimentar a mesma sensação de coragem, autonomia e satisfação do companheiro.

Assim, através da brincadeira espontânea, a criança mostra que é naturalmente dotada de criatividade, habilidade, imaginação, inteligência.

Então, qual seria a função da brincadeira na escola?

Cabe a você, educador, criar um ambiente organizado de tal forma que a criança possa explorar e desenvolver ao máximo estas características que lhe são próximas.

Todo o aprendizado que uma brincadeira permite é fundamental para a formação da criança em todas as etapas da sua vida. Através das brincadeiras a criança conhece melhor a si própria. Além disso, quando se relaciona com outras crianças ela experimenta situações de vida: competição, solidariedade, acolhimento, cooperação, coragem, medo, alegria, tristeza. Quer dizer, ela se socializa, compreende o que é ser ela mesma e fazer parte de um grupo. 

A criança também adquire conhecimentos através da exploração de objetos que encontra no seu ambiente. Manipulando-os ela percebe suas propriedades físicas, ou seja, que há objetos redondos, quadrados, macios, ásperos, grossos, etc. Conhecendo as qualidades dos objetos, ela começa a compará-los e assim relaciona uns com os outros, por tamanho, cores, formas distintas, etc..

É a partir da manipulação dos objetos que fazem parte da vida da criança que ela adquire conceitos abstratos. Por exemplo, um  objeto só é considerado "grande" quando comparado com outros "menores". A partir da compreensão de conceitos de tamanho, forma, cor, espessura, é que ela vai desenvolvendo seu raciocínio lógico, fundamental para o aprendizado posterior da matemática.

Manipulando objetos, conversando, contando histórias, dramatizando, as crianças utilizam a comunicação verbal. Desta maneira, ampliam sua linguagem, expressando-se e compreendendo melhor o mundo à sua volta.


Através das brincadeiras, não só amplia-se o relacionamento do grupo, gera maturação e desenvolve habilidades, mas também colabora-se ao desenvolvimento intelectual, através de formação de conceitos, recapitulações e fixação de conteúdos.


(...) Mais que tudo, lembre-se: Brincar é a melhor expressão de vida da criança."


“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)


Referencia









domingo, 31 de março de 2019





OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM

Compreendendo a ludicidade como uma necessidade do ser humano em qualquer idade. No decorrer do estágio, organizou-se o projeto com diferentes jogos e brincadeiras que pudessem contribuir para o processo de ensino aprendizagem.
Somando-se a essa necessidade, consultou-se diferentes documentos e legislação que pudessem dar um embasamento teórico ao trabalho desenvolvido na escola. Como o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil-RCNEI (BRASIL, 1998, p. 23) “Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal [...]”.
Acredita-se que na alfabetização, o educar não se limita em passar informações ou mostrar apenas um caminho, mas sim, propiciar aos alunos, diferentes instrumentos para que eles possam encontrar um caminho para aprender.
A construção dos jogos e brinquedos foi desenvolvida de forma coletiva, buscando a interação e o desenvolvimento das crianças. Segundo ISCHKANIAN (2013, p.05):

A introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino aprendizagem. O lúdico enquanto recurso pedagógico na aprendizagem deve ser encarado de forma séria, competente e responsável. Os jogos, as brincadeiras e os brinquedos, quando usado de maneira correta, poderão oportunizar ao educador e ao educando, importantes momentos de aprendizagem em múltiplos aspectos.

Evidenciou-se no estágio, que os alunos se mostraram motivados no decorrer das atividades que envolviam jogos e brincadeiras. Tanto jogando, brincando, como também colaborando para que os outros colegas compreendessem as regras do jogo ou das brincadeiras. Foram desenvolvidos jogos de quebra-cabeça, caça-palavras, com fantoches e máscaras, danças, entre outras atividades.




Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/Secretaria de Educação Básica-Brasília: MEC, SEB, 2010.
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. O Significado do Jogo, Brincadeira e do Brinquedo no Desenvolvimento e Formação da criança na Educação Infantil. (2013) Disponível em: Acesso em: 12 de dezembro de 2016.



AVALIAÇÃO NO DECORRER DO ESTÁGIO

Tratar sobre avaliação se torna uma tarefa bastante complexa se o professor não tiver os seus critérios definidos a priori, ou seja, antes das atividades práticas que pretende realizar com os alunos.
 Nesse sentido, antes da aplicação das atividades do projeto de estágio, busquei definir de que forma os alunos seriam avaliados. Através de leituras e anotações, organizei os critérios. Entre eles cito: teste de nível, a participação do aluno, a cooperação e a colaboração para o desenvolvimento das atividades.
Considerando o primeiro critério, ao observar a não participação do aluno, buscava uma maior aproximação a partir do diálogo, para compreender o porquê do não envolvimento. Por acreditar em uma educação mais humanizada, creio que o diálogo e o carinho com os alunos que não se envolvem nas propostas pedagógicas, contribuem para motivá-los no decorrer das aulas.
Além da visão mais humanizada da educação, isso também na questão da avaliação. Cabe mencionar a abordagem qualitativa ao processo avaliativo, ou seja, não há como medir, somar ou dividir notas, sendo que a aprendizagem dos alunos é uma constante.
Somando-se a isso, cada aluno possui o seu tempo e seu desenvolvimento. Conhecendo o aluno, o professor pode trazer para todos novos conhecimentos e direcionar os projetos de forma a oportunizar diferentes tarefas, tais como: jogos, colagens, leitura, teatro, leitura e escrita.
Com o planejamento das aulas, as tarefas são organizadas, e a avaliação pode ser contínua e diária. Ainda, podem-se considerar as múltiplas inteligências, um aluno pode se destacar na música, outro na leitura e comunicação. Assim, cabe ao professor conhecer os seus alunos, inventando e reinventando as atividades para encantá-los e, consequentemente, avaliá-los, pois a avaliação faz parte do processo de aprendizagem, e também, pode ser reinventada diariamente.



Estágio


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Discorrer sobre a alfabetização e letramento requer que se compreenda a diferenciação existente nesses dois processos. Enquanto aquela objetiva desenvolver a habilidade de ler e escrever. O letramento desenvolve o uso competente da leitura e da escrita como práticas sociais.
Compreende-se que o aluno alfabetizado sabe codificar e decodificar o sistema de escrita. No entanto, indo além, o aluno letrado é capaz de dominar a linguagem no seu cotidiano, nos mais diferentes contextos.
No decorrer do estágio, as atividades proporcionaram trabalhar os dois processos. Através dos jogos com letras houve o reforço no reconhecimento dessas, assim como, os alunos montaram os nomes dos animais relacionando-os com as figuras correspondentes a esses. As atividades com os números contribuíram para que os alunos os reconhecessem e associassem a contagem de objetos.
Tratando-se do letramento, inúmeras atividades contribuíram para que os alunos interagissem entre eles e conversassem sobre os temas apresentados, tais como: sobre a importância dos animais, atitudes a serem tomadas para preservar o meio ambiente, bem como o reconhecimento do habitat, da alimentação, do cuidado que se deve ter com os animais domésticos, assim como eles conheceram, embora por figuras animais em extinção. Outro momento que proporcionou atividades de letramento corresponde à hora do conto e leitura para os colegas. Destaca-se que após cada leitura, os alunos deveriam comentar sobre o que entenderam sobre o livro, apresentando a sua interpretação.
Há de se mencionar que o trabalho do professor é orientar a criança para que ela aprenda a ler e escrever convivendo com práticas reais de leitura e escrita. Para Freire (2001), aprender a ler e a escrever é aprender a ler o mundo. Assim, não se podem dissociar esses dois processos, eles se interdependem, Uma pessoa pode ser alfabetizada e não letrada ou vive-versa. Cabe aos docentes criarem condições para que os contextos onde se desenvolvem as atividades estejam de acordo com a realidade do aluno, proporcionando que ele possa ler o mundo em sua volta, interaja socialmente e construa caminhos para se desenvolver como sujeito de sua própria história.

sexta-feira, 29 de março de 2019



                     Relembrando a Interdisciplina de Corporeidade

        O Primeiro texto do meu blog que revisitei foi o intitulado “Reflexão sobre a Corporeidade que nos cerca e que nos habita”, que abordou importantes reflexões a partir da leitura realizada “Corporeidade: Uma Complexa Trama Transdisciplinar”.O texto nos faz parar para pensar em relação a ideia de que corpo e mente são dependentes um do outro, são um só conjunto e devem desenvolver-se gradativamente, lado a lado, complementando-se uma a outra, fazendo com que a aprendizagem aconteça por completo, de forma integral e não fragmentada, como ainda é realizada em muitas escolas da sociedade atual.

        Pensando na ideia principal, devemos trabalhar com o nosso aluno de maneira integral, envolvendo o corpo e a mente, já que os mesmos estão continuamente interligados pelos processos contidos em nosso organismo, é necessária e válido que nos lembremos que o indivíduo se comunica com o outro e com o mundo que o cerca a partir de diferentes linguagens, de diferentes formas a partir do seu corpo.

        Portanto, o ensino-aprendizagem precisa ser pensado, compreendido, entendido como desenvolvimento de competências e habilidades que vão sendo aperfeiçoadas ao longo das vivencias.

       No meu estágio não foi diferente, pensei e planejei constantemente, atividades desafiadoras e que surpreende se os docentes, motivando os a participar e interagir com o grupo criando conexões entre os conhecimentos adquiridos e utilizados nos momentos significativos de aprendizagens. Fiz uso de atividades que envolvessem movimentos combinatórios tanto do corpo como da mente, já que são um só, ofertando situações reais de desenvolvimento da corporeidade dos alunos.

Segue o link da postagem no blog: https://kasandra280386.blogspot.com/2015/08/


Referências:






quinta-feira, 28 de março de 2019





A FORMAÇÃO DO JOVEM LEITOR

Não se pode tratar de educação nas séries iniciais sem mencionar a formação dos jovens leitores, visto que, o ato de ler implica a interação. E essa se envolve diretamente com a aprendizagem, pois ao lerem, os alunos adentram ao mundo da imaginação, contam histórias para os colegas e se constroem historicamente com as trocas.
Filipouski e Marchi (2009, p.10-11) explicam que:

As atividades de leitura, desde as primeiras etapas escolares, visam ao desenvolvimento de competências que permitam compreender o texto como manifestação de um ponto de vista autoral, assumido a partir do contexto histórico. Pretendem também colocar o aluno em relação com o ponto de vista e o conjunto de valores expresso no texto.

Considerando esses aspectos citados, a leitura permite o desenvolvimento do aluno, construir-se historicamente, condiz com a interação com outras ideias e outros saberes. Fazer uma leitura individual ou em grupo e depois compartilhá-la com os colegas permite diferentes formas de aprendizagem.
No decorrer do estágio com a turma foi oportunizado diferentes momentos para a leitura. Os alunos fizeram leitura individual e em grupo, depois compartilhavam com os colegas. Também foi organizado a hora do conto, em que eles prestavam a atenção na história contada pela professora, depois faziam perguntas sobre o tema do livro.
Além, a fim de fazer uma abordagem interdisciplinar, os alunos fizeram desenhos das histórias, cartazes, máscaras e brincadeiras.
Durante o estágio os alunos do 1° ano também desfrutaram de um período semanal dedicado a leitura. A professora planejava e oferecia diferentes situações que envolvessem leitura, familiarizando os com a prática e fomentando o gosto deles pela mesma. Os benefícios foram notáveis, pois os alunos enriqueceram o seu vocabulário, bem como a leitura e escrita, no processo de alfabetização e letramento.
Entre as atividades realizadas pelos alunos nesse período destinado a leitura estavam a hora do conto, dramatização, brincadeiras, curiosidades, músicas, registros etc. Todas essas atividades foram realizadas pelos alunos, desenvolvendo autonomia e o trabalho em equipe, tornando os cada vez mais pro ativos no ensino aprendizagem

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro; MARCHI, Diana Maria. A formação do jovem leitor: temas e gêneros da Literatura. Erechim, RS: Edelbra, 2009

segunda-feira, 25 de março de 2019


A CULTURA DA PAZ E DA SOLIDARIEDADE COMBATENDO O BULLYING

É notório que os professores e equipe diretiva tem como objetivo cultuar a paz e o respeito à diversidade dentro das instituições escolares. Diante de tantos acontecimentos recentes que retratam a violência nas escolas, há a necessidade de se criar um ambiente de paz e solidariedade entre os alunos a fim de combater o bullying.
Primeiramente, cabe mencionar a definição de bullying, que consiste em uma forma de agressão praticada por um ou mais estudantes contra outro(s), de maneira intencional e repetidamente. Esses episódios ocorrem sem motivação evidente, causando dor e angústia em que sofre esse tipo de ataque. Também, pode ser definido a partir de uma relação desigual de poder, em que um aluno subjuga outro considerando-o mais fraco.
Segundo uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o Brasil é o quarto país no mundo com maior prática do bullying. Segundo dados da pesquisa, 43% dos estudantes entre 11 e 12 anos relataram terem sido vítimas de violência física e psicológica.
Neste sentido, não apenas os professores e equipe diretiva, mas também toda a comunidades escolar, devem criar um ambiente onde esse problema possa ser discutido e enfim, exterminado do ambiente escolar.
Os professores necessitam reorganizar seus conteúdos, e trabalhar valores, desenvolver atividades que possam valorizar a coletividade, o espírito de solidariedade entre os alunos.
Portanto, os educadores não podem se calar diante das evidências de bullying, buscar o apoio dos pais para que este problema seja corrigido, o respeito a diversidade e as diferenças contribuem para a compreensão de que todos precisam colaborar para que a escola seja um local de desenvolvimento da aprendizagem, da criação de novos valores e da cultura da paz.



Sobre o Estágio





EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS SÉRIES INICIAIS

O projeto desenvolvido no decorrer do estágio surgiu a partir da necessidade de acrescentar novas vivências sociais, possibilitando a construção de conhecimento sobre os animais, seu habitat, suas características peculiares e coletivas, alimentação, locomoção, reprodução, etc. Uma gama de especificidades que traz conhecimentos pertinentes ao mundo atual.
Diante de inúmeros acontecimentos que vêm destruindo o meio ambiente, a fauna e a flora, tratar sobre os animais e cuidado que devemos ter com eles, torna-se essencial. Além disso, se tratarmos desse assunto com alunos das séries inicias, sensibilizando-os desde a mais tenra idade. Na idade adulta, acredita-se que haverá mais chances de uma conscientização maior.
Nesse sentido, objetivo geral do projeto foi reconhecer a importância dos animais e suas interdependências a outras espécies, como princípio fundamental de cuidado e respeito com o meio ambiente.
Compreende-se que a educação ambiental é uma das peças chave para a aquisição de valores e de uma nova visão de mundo, pautada na reflexão ambiental e valorização do ser em sua subjetividade e coletividade (TELES e OLIVEIRA, 2015).
No decorrer das atividades buscou-se fazer um trabalho interdisciplinar, com conteúdo que os fizessem refletir sobre o que é a natureza?, por que ela é importante para todos nós? Assim como, o que são seres vivos e não-vivos?
Na espontaneidade, os alunos começaram a interagir e pensar sobre esses temas. Além disso, eles jogaram um quebra-cabeça sobre os animais, o que possibilitou a eles o reconhecimento de letras e palavras.
Portanto, acredita-se que a consciência ambiental deve ser despertada desde a infância, os professores devem participar como mediadores do conhecimento e proporcionar a eles o crescimento a partir da interação com os outros colegas.



           









Reflexão




CRESCIMENTO PROFISSIONAL RELACIONANDO A TEORIA E A PRÁTICA

A partir da leitura de diferentes autores no decorrer da graduação em Pedagogia, percebi o quão importante se tornam no momento da prática em sala de aula. Na observação do desenvolvimento das atividades, percebi “ingredientes” especiais como a colaboração e cooperação entre os alunos, que reforçam a aprendizagem no sentido de que os alunos se concentram para a chegarem a um objetivo, desde os mais “simples”, como a elaboração de um cartaz, como na compreensão das etapas de um jogo matemático.
Considerando as atividades desenvolvidas pelos alunos, que cooperaram para o êxito da execução das propostas, verifica-se, a partir de Piaget (1998), que os métodos de trabalho em grupo e de self-government são modalidades que destacam a relevância da interação social como fator de desenvolvimento cognitivo. Assim, a aprendizagem ativa implica trabalho em grupo, que ocorre pela livre colaboração entre os estudantes. Isso se denomina cooperação (PIAGET, 1998).
Observou-se durante o estágio, que a interação entre os alunos mostrou-se essencial para que as atividades fossem desenvolvidas de forma satisfatória. Para Primo (2007, p,7) a interação social é “uma construção coletiva, inventada pelos interagentes durante o processo que não pode ser manipulada unilateralmente nem pré-determinada”.
Compreendendo que a maior parte das atividades foram realizadas em grupos ou duplas, como jogos, desenhos, colagens, dança, etc. A colaboração esteve sempre presente para que conseguissem chegar ao objetivo comum.
Portanto, como professora, compreendo que as teorias estudas contribuem para a construção de um novo olhar do profissional. Buscando a partir do planejamento da aula, propiciar atividades que possam ser realizadas em grupo, com colaboração, cooperação e motivação.







TEORIA DE WALLON

A teoria de Wallon baseia-se na ideia de que o desenvolvimento da criança está atrelado ao emocional e ela se desenvolve gradualmente. Os estudos do autor percebem a criança de forma contextualizada, considerando o ambiente e as trocas, a interação que essa mantém com as outras pessoas.
Nota-se que as trocas são essenciais para o desenvolvimento da pessoa, sendo que até os três anos de idade, a criança está imersa em um mundo cultural simbólico, e permanecerão envolvidas em um “sincretismo subjetivo”, como comenta Galvão (2000), sobre a teoria em estudo.
O primeiro sistema de comunicação expressiva do ser humano são as suas próprias emoções, sendo que esses processos comunicativo-expressivos ocorrem a partir da imitação. Com o passar do tempo, ocorre de forma lenta e gradual o desdobramento da capacidade de construir, isso se relacionando com outro, constrói-se a própria diferenciação, formando assim, a subjetividade.
Na teoria de Wallon há estágios de desenvolvimento, entretanto, diferencia-se de Piaget pelo fato de não acreditar que a criança se desenvolve de forma linear. O desenvolvimento ocorre por meio de crise. O autor acrescenta que não há crescimento sem conflitos. Em cada estágio há diferentes emoções, ou seja, o desenvolvimento é permeado por conflitos e a interação que são específicos em cada etapa.
Ressalta-se ainda, que a teoria Walloniana de desenvolvimento infantil propicia uma compreensão sobre as condutas individuais, sendo fonte de estudos para as escolas, visto que aponta a importância do papel do docente na formação do ser humano. A participação do docente permeia diferentes preocupações, sejam elas na busca de uma sociedade mais democrática, justa e solidária. A partir das atividades desenvolvidas pelo professor, ocorre a valorização do trabalho em equipe e a cooperação, tão importantes para o desenvolvimento de múltiplas inteligências.
O quadro a seguir destaca as fases da teoria desenvolvida por Wallon, importante mencionar que não há uma faixa etária limítrofe em cada uma delas, o estudioso acreditava no desenvolvimento dialético e interacionista.
Estágios da teoria de Wallon
ESTÁGIO IMPULSIVO-EMOCIONAL
Do nascimento aproximadamente até um ano de vida. Estágio predominantemente afetivo, a criança está imersa no mundo.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO
Três meses de idade até três anos de vida. A inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos. Imitação e apropriação da linguagem.
ESTÁGIO DO PERSONALISMO
Dos três anos até os seis anos de idade. Formação da personalidade e da autoconsciência.
ESTÁGIO CATEGORIAL
Há a exaltação da inteligência sobre as emoções.
ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA
Inicia-se por volta dos onze a doze anos. Ocorrem transformações físicas e psicológicas. A autoafirmação e o desenvolvimento sexual marcam essa etapa.


Importante dizer que o processo de aprendizagem sempre implica na passagem de um estágio para outro. O autor não especificou o final de cada um, porque não acreditava no final de cada um. Sendo assim, conforme a teoria de Wallon é o fato da aprendizagem não ocorrer de forma linear. É marcada por avanços, recuos e contradições, não há uma sucessão de estágios, mas sim, de desenvolvimentos que ocorrem de forma simultânea.