domingo, 21 de janeiro de 2018

Desconstruindo Preconceitos


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Valorização da cultura africana: desconstruindo preconceitos

Na contemporaneidade, percebe-se que o preconceito contra os negros no Brasil é bastante frequente, embora, muitas pessoas afirmem que vivemos em um país sem preconceitos, não é o que se percebe nas relações estabelecidas em diferentes setores da sociedade.
Um exemplo disso, são as manifestações de medo, intolerância, separação, segregação, discriminação e ódio que se observa em nossa sociedade, tão frequentemente disseminada nas redes sociais. Diante disso, há ainda, um grande silêncio, tantos de negros, brancos, mestiços e pardos, em tentar “maquiar” as situações de discriminação, ofendendo as pessoas, principalmente, as que tentam tratar sobre este tema, falando que estão de “mi, mi,mi”, ou seja, se queixando à toa.
Se observarmos as representações, os lugares sociais que a grande mídia nos passa, são de negros trabalhando em serviços braçais, faxineiras, mordomos, motoristas, seguranças, etc. profissões dignas, mas se percebe que as falas, as manifestações são negativas e preconceituosas, implicitamente, é o que eles (negros) são acostumados e capazes de fazer. Quando há negros em posições diferentes, médicos, empresários, advogado, há um desconforto, como se percebe na grande mídia os ataques aos famosos como Thais Araújo, Lázaro Ramos, entre tantos outros. Como se vê nos telejornais, os “ataques” são diários, muitos passam despercebidos, pois são contra “pessoas comuns”. Ressalta-se que nem todas as pessoas são preconceituosas, e lutam, lado a lado para que essa triste realidade mude.
Uma das formas de tratar sobre a questão do racismo na escola, acredito que seja a partir da valorização do povo negro, seja apresentando personalidades que se destacaram na história, apresentando as religiões de matriz africana, as danças, entre tantos momentos históricos de destaque. Pode-se também trabalhar fatos referentes à escravidão, tratar sobre os quilombos como uma organização social não apenas de luta, mas de preservação da identidade do povo negro.
Portanto, tratar sobre a diversidade cultural e de formação do povo brasileiro requer uma organização curricular, planos de aula que possibilitem o contato com a história do negro o quanto foram e são importantes em nosso país. Buscar uma bibliografia adequada e atualizada na literatura se faz necessária, se o nosso país foi escrito por mãos brancas, há a necessidade de se valorizar autores negros que produzem arte da melhor qualidade.
Só a partir da valorização haverá a possibilidade de uma renovação, nenhuma criança nasce racista, e a instituição escolar deve participar de forma efetiva para que todos percebam o seu valor como ser humano, e buscar assim, integrar todos, negros, brancos, índios, pardos, em busca da palavra respeito e todos os seus sinônimos: “consideração, deferência e reverência”.


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A escola na qual leciono desenvolve um projeto com o tema Africanidade praticamente  durante o ano todo, que encerra na semana do dia 20 de novembro. Após realizarmos pesquisas, cartazes, reflexões, etc,  construindo um conhecimento em rede significativos e de tanta importância para essa escola e a comunidade na qual está inserida, devido ao contexto social que envolve a escola, é radiante perceber a auto estima elevada dos alunos, a vontade de ser alguém na vida, bem como o orgulho de ser quem são e fazerem parte de uma história tão grandiosa.

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